O TCHUTCHUCA MACHÃO

CHARGE DE MIGUEL PAIVA

Não há qualquer vestígio nem mesmo de poeira de inteligência em Jair Messias. Em compensação, são inúmeras as evidências de que é esperto, e bastante esperto. Sobra esperteza no grande vazio da sua cabeça.

Como justificar então a agressividade contra a jornalista Amanda Klein, e ainda mais na Jovem Pan, emissora oficial do bolsonarismo?  

Jair Messias e sua trupe sabem que é justamente no eleitorado feminino que ele naufraga mais fundo. Também sabem que dos meios de comunicação a Jovem Pan, e em especial um tal de “Pingo nos is”, é sua mais fiel e submissa tribuna.

Como, então, faltando tão pouco para o dia de ir às urnas – e, vale repetir, as mulheres são mais da metade dos eleitores –, ele desanda de novo? Será que não bastam os antecedentes de ofensas a mulheres, disparadas a esmo até mesmo contra apoiadoras (hoje talvez um tanto arrependidas) dos movimentos que abriram caminho para que ele chegasse onde chegou, a começar pela famigerada Lava Jato?

Só encontro uma explicação para que a esperteza de Jair Messias ande falhando tanto: desespero.  

Como todo covarde, quando acuado o mandatário, que é um desequilibrado sem remédio, se desespera. E, desesperado, parte para o ataque, principalmente quando o alvo é uma mulher.

Meu masoquismo não chega tão longe a ponto de fazer com que eu acompanhe as peripécias de Amanda Klein e companhia na Jovem Pan. Suponho que ela esteja onde está para funcionar como uma espécie de tímido contrapeso para a bajulação unânime do resto da turma a Jair Messias.  

É tudo que pressentia a respeito dela até hoje. Agora estou sabendo que é casada e o marido vota – ou votava – no Jair Messias.  

Com relação ao mandatário, nada de novo. O Tchuchuca do Centrão continua machão quando enfrenta mulher, e foge da raia na hora de enfrentar homem, a menos que seja repórter. Aí se faz de macho, porque sabe que está cercado de guarda-costas.     

O desespero de Jair Messias se faz mais palpável a cada dia. Dele e do clã todo. Do clã, aliás, e adjacências: ex-mulheres, ex-cunhado, irmãos, irmãs, um mundaréu de gente envolvida naquilo que é a principal qualidade do bando, multiplicar dinheiros que ninguém sabe de onde veio.

Ou melhor: todo mundo sabe. E é por isso que a simples menção à palavra “rachadinha” faz com que Jair Messias deixe a esperteza de lado e mergulhe na espiral do descontrole.  

Daqui até a eleição certamente acontecerão novas explosões de puro desespero. Tomara que tudo fique apenas em palavras.

ERIC NEPOMUCENO ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)

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