Pesquisa Quaest mostra que 52% das postagens nas redes sociais são contrárias ao projeto antiaborto e somente 15% a favor
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Nas redes sociais, vencem as manifestações contra o Projeto de Lei antiaborto, em comparação às repercussões favoráveis à medida que equipara a interrupção da gravidez de 22 semanas a crimes de homicídio.
A Quaest monitorou os dados das redes sociais em torno da PL 1904/2024 nos últimos 3 dias: 52% das postagens são de críticas e contrárias ao projeto e somente 15% a favor.
Foram analisadas mais de 1 milhão de publicações. O ápice das postagens foi no dia de ontem, com quase 700 mil publicações. Apesar de o gráfico mostrar uma aparente queda das postagens desse tema nesta sexta-feira, não há uma conclusão, uma vez que o estudo coletou dados até às 13h30 de hoje.
Entre as principais palavras-chaves para comentar o PL estão “crianças” e “estupro”. A constatação ocorre porque estudos mostram que as crianças vítimas de estupro são as principais gestantes que tentam interromper gravidez após 22 semanas de gestação, no Brasil, atualmente.
De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, os dados foram coletados nas três principais redes sociais: X, Facebook e Instagram, e o número de interações classificadas (likes, compartilhamentos e comentários) chegou a 5.1 milhões.
PATRICIA FAERMANN
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.