Sempre no clima de porta de botequim, Jair Bolsonaro soltou mais uma bravata hoje, dizendo que se estão reclamando de que ele mande trocar um superintendente regional da Polícia Federal ele troca logo o diretor-geral do órgão:
—Agora há uma onda terrível sobre superintendência. Onze [superintendentes] foram trocados e ninguém falou nada. Sugiro o cara de um estado para ir para lá: ‘Está interferindo’. Espera aí. Se eu não posso trocar o superintendente, eu vou trocar o diretor-geral. Se eu trocar hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sergio Moro. E ponto final.
Não ficaria pior se dissesse “Coé, xará, eu que mando e boto lá quem eu quiser“. E nem é método novo, pois fez o mesmo dizendo que se não pudesse nomear o filho Eduardo embaixador nos EUA o nomearia chanceler.
Dificilmente fará isso, pois quem tem telhado de vidro não joga pedra no camburão da federal.
Mas demonstra que está disposto a testar o nível do “coeficiente de capachismo” de Sergio Moro e ir reduzindo os danos da inevitável saída do ex-juiz de seu ministério.
Como nas encrencas de porta de botequim, o valentão conta que o outro se intimide e em geral isso acontece, até porque sabe que o outro está armado de uma potente caneta BIC.
Até que um dia…
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)