Enfrentar como o gigante chinês? E não é apenas em bens de capital. As plataformas de bens não duráveis estão esmagando nossos varejistas.
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A China tem uma política cambial que barateia seus produtos; tem bancos nacionais e regionais que financiam sua produção, trens rapidíssimos cortando todo o país e um sistema de inovação que diariamente produz novidades.
O Brasil tem uma política cambial que encarece seus produtos, taxas de juros proibitivas, um sistema rodoviário destruído, por falta de manutenção, no período Tarcísio de Freitas.
O resultado é uma invasão de produtos chineses por todos os poros da economia brasileira.
Confira os quadros abaixo.
O primeiro é da Pesquisa Mensal das Indústria (PMI), do IBGE. Em um ano, a produção acumulada de bens de capital caiu estrondosos 14,41%,
.
Aqui, um gráfico de linha mostrando a queda acentuada da produção de bens de capital.
O mesmo acontece com a siderurgia,
Os gráficos abaixo, tirados do Comexport, mostram a evolução das exportações chinesas, no acumulado de 12 meses. Uma alta consistente em insumos industriais elaborado, em peças e acessórios para bens de capital, e um salto para bens de capital.
Hoje em dia, o minério de ferro sai de Carajás, vai até a China e volta na forma de bens de capital ou produtos siderúrgicos que chegam a custar 40% a menos que os nacionais.
No câmbio, não se mexe, porque não é de bom tom.
No financiamento, inventam-se gambiarras porque o único setor que pode receber crédito subsidiado é o agrícola.
Enfrentar como o gigante chinês? E não é apenas em bens de capital. As plataformas de bens não duráveis estão esmagando nossos varejistas.
O governo poderia taxar a saída de minério de ferro, sob o argumento de que a viagem de ida e volta afeta o efeito estufa. Mas não basta.
A China está prestes a destruir o que resta das grandes empresas nacionais. E não se vê uma política clara do governo, de defesa do emprego e da produção nacional.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)