“A tal anistia é um projeto do Senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente, que está no Senado, então, já tem um caminho, para essa farsa proposta”, diz Arnóbio
O eixo central da fala de Bolsonaro na Paulista precisa ser analisado, mas antes uns pressupostos:
1. Bolsonaro que pregava a ruptura, ameaçava o STF, esculhambava os ministros, insinuando que eram corruptos ou que agiram em nome do PT, hoje aparece como um pacificador
2. Bolsonaro se apresenta com um homem de paz, bonzinho, que quer proteger os “coitados do 8 de janeiro, cuida dos órfãos de pais vivos”, aquele que diz “bandido bom, é bandido morto”, agora quer perdão, não de todos, mas quase todos;
O núcleo dessa tática é uma (neo) Anistia, “no passado, perdoamos crimes bárbaros”, por que não agora? Ora, a fala é uma confissão, pois só se justificaria uma anistia se há um crime, ou vários cometidos, é uma admissão explícita de culpa.
Bolsonaro pede Pacificação do Brasil, uma imagem que nada lembra todos os seus atos em 30 anos de Parlamento e 4 anos na Presidência, por que se apresenta diferente? Que sedução é essa que tenta se mostrar, o que nunca foi, até os palavrões foram trocados por palavras suaves.
A tal anistia é um projeto do Senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente, que está no Senado, então, já tem um caminho, para essa farsa proposta. Não obstante, a fala mansa, pacificadora, a natureza o traiu, quando diz:” essa imagem vai correr o mundo, vejam bem”, ou seja, temos força, melhor negociarmos.
É fato que as forças democráticas e progressistas, apenas olharam a mobilização, como se nada fosse acontecer, um risco tremendo, a presença de governadores (SP, SC, MG e GO), do prefeito de São Paulo, de deputados, todos prestando vassalagem ao inelegível, fragiliza a Democracia, questiona as instituições tão ameaçadas por Bolsonaro.
ARNÓBIO ROCHA ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)