O STF nunca esteve tão coeso como agora
Para quem viu o documentário de ontem à noite, dia 7, sobre o ocorrido um ano atrás em Brasília, sem ranço e preconceitos, deve estar se perguntando: e agora. Sem dúvida a sociedade em geral não esperava por tamanha violência. Não faz parte da nossa índole. Alguns podem agora querer diminuir a gravidade do ocorrido, traçando paralelos com enfrentamentos de rua, briga entre torcidas organizadas, arrastão na praia, milicianos queimando ônibus, mas nada se compara a agressividade dos vândalos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O que aconteceu naquele dia foi assustador. O documentário além de mostrar o ódio dos amotinados, também registra a omissão das autoridades. Sem encontrar resistência, a multidão acabou virando um bloco coeso de baderneiros, liberados para quebrar o que viam pela frente. Milhares foram presos, alguns já condenados condenados e outros aguardando julgamento.
Um dos ditados populares mais conhecido, “a corda arrebenta no lado mais fraco”, não pode acontecer nesse caso. Os que invadiram e quebraram os prédios públicos que representam os Três Poderes da República, são incapazes de pensar e promover um golpe de estado contra a democracia, num país da importância do Brasil. Cumpriram um papel, serviram de bucha de canhão. Quem viu o documentário deve ter se convencido que os mandantes são outros,
Ao longo do ano as investigações avançaram, muita gente graúda está sem dormir. O STF nunca esteve tão coeso como agora. O Procurador Geral da República é outro. Os políticos já estão se movimentando para as eleições municipais. As Forças Armadas estão quietas, e, aparentemente, assim ficarão. Portanto, os que armaram o golpe fracassado vão aparecer. O jogo tá jogado, é só uma questão de tempo.
MAURO PASSOS ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)
Engenheiro, ex-deputado federal pelo PT/SC, e presidente do Instituto Ideal