DEPOIS DE ATACAR A ONU, O GOVERNO DE ISRAEL CHAMA A ANISTIA INTERNACIONAL DE “ANTISSEMITA”

CHARGE DE LATUFF

Ataque ocorre depois da entidade de direitos humanos ter denunciado os crimes de guerra perpetrados por Israel e pelo Hamas

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Israel acusou a Anistia Internacional de ser uma “organização antissemita tendenciosa” depois da entidade de direitos humanos ter denunciado os crimes de guerra perpetrados por Israel e pelo Hamas, além de apelar por um cessar-fogo imediato.

Num comunicado divulgado nesta quinta-feira (26), a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, disse que a organização registrou provas de “violações dos direitos humanos e crimes de guerra por todas as partes” no conflito. 

Para a ativista, a cessação imediata das hostilidades é a forma mais eficaz de proteger os civis e aliviar o desastre humanitário.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, disse que a Anistia Internacional “carece de autoridade moral para se autodenominar uma organização de direitos humanos”. Afirmou que as denúncias da organização são “subjetivas” e que ela “trabalha para o Hamas”. 

Este é mais um pronunciamento do governo de Israel contra organismos internacionais que criticam e apontam os crimes perpetrados pelo país não apenas na reação ao ataque terrorista do Hamas, mas também às sucessivas negativas israelenses de seguir resoluções das Nações Unidas. 

Ataques contra as Nações Unidas 

Anteriormente, um discurso do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, causou indignação entre as autoridades israelitas, afirmando que o ataque massivo do Hamas “não surgiu do nada”.

Após estas palavras, o embaixador israelense na organização internacional, Gilad Erdan, anunciou que o seu país anularia os vistos dos funcionários da ONU. 

“Já negamos visto ao subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Martin Griffiths”, afirmou o diplomata. “Chegou a hora de lhes dar uma lição”, acrescentou Erdan.

“Trabalha para o Hamas”

Nesta linha, Haiat acusou a Anistia Internacional de permanecer em silêncio após as atrocidades cometidas pelo Hamas no último dia 7, quando mais de 1.400 israelitas foram mortos e 229 seguem como reféns. Assim, o Haiat concluiu que se trata de “uma organização de propaganda que trabalha para os terroristas do Hamas”.

Desde então, a resposta militar das Forças de Defesa de Israel deixou mais de 7 mil mortos, em números atualizados, incluindo pelo menos 2.913 menores, e mais de 18 mil feridos na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave palestino. 

Metade da população, por outro lado, foi deslocada de maneira forçada de suas casas na região, conforme as Nações Unidas. 

RENATO SANTANA ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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