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Atriz interpretou a personagem “Serafina” no longa-metragem “Orfeu Negro”, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1958
Morreu na manhã desta terça-feira (15) a atriz brasileira Léa Garcia, aos 90 anos de idade. A família confirmou o falecimento através das redes sociais. A causa não foi divulgada.
“É com pesar que nós familiares informamos o falecimento agora, na cidade de Gramado, no Festival de Cinema de Gramado, da nossa amada Léa Garcia”, afirma a nota.
Léa estava em Gramado, no Rio Grande do Sul, para participar do Festival de Cinema da cidade. Ela seria homenageada, nesta terça, com o Troféu Oscarito, junto de sua colega atriz, Laura Cardoso.
Trajetória
Léa Garcia foi indicada ao prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes, em 1957, por seu papel em Orfeu Negro.
Nascida em 1933, no Rio de Janeiro, os planos iniciais da consagrada atriz eram de cursar letras e ser escritora. Mas a vida tomou outro rumo e, em 1952, Léa subia aos palcos pela primeira vez na peça “Rapsódia Negra”, pela companhia Teatro Experimental Negro.
Já em 1957, ela interpretou a personagem “Serafina” no longa-metragem “Orfeu Negro”, dirigido pelo francês Marcel Camys. O filme foi indicado ao Palma de Ouro em Cannes em 1957 e venceu o Oscar de “Melhor Filme Estrangeiro”, no ano seguinte.
Léa também interpretou outras personagens de sucesso, como sua vilã Rosa, na novela “Escrava Isaura”, de 1976. Além do reconhecimento por sua exímia atuação, Léa foi agredida na rua por conta do papel.
Ainda atuando, só em 2022 Léa participou dos longas “Barba, Cabelo e Bigode”, “Pacificado” e “O Pai da Rita”.
“[Léa] foi peça fundamental na quebra da barreira dos personagens tradicionalmente destinados a atrizes negras. Tornou-se, assim, uma referência para jovens atores e admirada pela qualidade de suas atuações”, escreveu a organização do Festival de Cinema de Gramado.
ISADORA COSTA ” JORNAL GGN” ( BRASIL)