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Reações da internet demonstram expectativa para prisão próxima do ex-presidente
As investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deram mais um passo rumo à solução do controverso caso das joias de luxo desviadas do acervo da União. A Polícia Federal pediu ajuda ao FBI para apurar, nos Estados Unidos, o esquema de lavagem de dinheiro a partir da venda indevida das joias.
Segundo informações da agência internacional de notícias Associated Press, “um policial federal [brasileiro] disse que a força está buscando autorização para acessar as informações bancárias e financeiras pessoais de Bolsonaro. O policial, que falou sob condição de anonimato sobre a investigação, disse que a Polícia Federal pediu ajuda ao FBI.”
A PF tem indícios fortes de que Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro podem ter recebido o dinheiro da venda das joias, e desviado mais regalos.
A ideia é apurar junto aos EUA as vendas das joias para algumas lojas especializadas em artigos de luxos, como os relógios, anéis, rosários e outros itens que Bolsonaro recebeu de autoridades estrangeiras durante o exercício do seu mantado.
O jornalista César Tralli, da GloboNews, também apurou que o FBI deve ir atrás das empresas e pessoas que compraram as joias, para saber se tinham conhecimento da ilicitude da origem destas.
“Tudo leva a crer que a partir do compartilhamento desta investigação, vai ter desdobramentos em cima de toda essa gente por parte da polícia federal americana. É o FBI em ação lá na Flórida”, disse o apresentador.
Segundo a apuração da PF, o ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e seu pai, amigo de Bolsonaro que mora em Miami, venderam parte das joias de luxo para lojas especializadas nos EUA. No Brasil, o grupo é investigado por peculato (desvio das joias que pertencem à União) e lavagem de dinheiro.
Ainda de acordo com informações divulgadas na GloboNews, parte das joias teriam sido vendidas sem recibo.
A operação
Deflagrada na última sexta-feira (11) pela PF, a fase ostensiva da Operação Lucas 12:2 pode contabilizar valores que ultrapassam a marca de R$ 1 milhão nos valores envolvidos.
Os indícios já mostram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e seu pai, César Lourena Cid, venderam parte das joias recebidas pelo ex-presidente.
Após a repercussão do caso, o advogado da família, Frederick Wassef, aparece como um possível recomprador de um dos relógios de luxo.
CARLA CASTANHO ” JORNAL GGN” ( BRASIL)