Os nomes das operações da Polícia Federal são muito curiosos e educativos. No começo de junho, por determinação de juiz federal que acolheu denúncia do Ministério Público de Alagoas, a PF deflagrou a Operação Hefesto, para coibir fraudes numa investigação do MP contra superfaturamentos em kits de robóticas para escolas de 43 municípios do estado, beneficiados com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Hefesto, deus grego, é considerado o patrono da Informática. Nas investigações foi preso o ex-assessor do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), Luciano Ferreira Cavalcante. Esta semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, determinou a exclusão de Lira do inquérito, mas as acusações a Luciano Cavalcante, alvo de apreensão de R$ 4 milhões em espécie escondido em um de seus imóveis, continuam de pé.
Na 6ª feira, a PF recorreu a um versículo bíblico “Lucas 12:2”, no qual está escrito o seguinte: “Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.” Na interpretação de Joseph Benson, um dos seguidores da Igreja Metodista, fundada pelo pastor anglicano John Wesley no começo do século XVIII, e que depois levou um grupo de famílias pioneiras para colonizar uma das 13 colônias americanas, o versículo é uma lição contra a hipocrisia. “Todas as suas ações serão trazidas à luz, neste mundo ou no próximo. Portanto, tome muito cuidado para nunca fazer nada que não possa suportar a luz, mas que todo o seu comportamento seja justo, honesto e bom”, disse Benson há mais de um século, Sábias palavras.
A história do Brasil já ensinou que personagens que fazem carreira no púlpito (o religioso ou o político) contra a corrupção e o moralismo devem tomar redobrado cuidado para não tropeçar em sua própria casca de banana. O exemplo mais famoso do país foi Jânio Quadros. Sua cruzada contra a corrupção e o slogan “O Homem da vassoura vem aí”, como o recado de que varreria a corrupção da vida pública brasileira, seduziu a classe média. Mas já na campanha, Jânio abusava da hipocrisia. Certa vez foi fazer discurso em Porto Alegre. A multidão o aguardava. O palanque estava apinhado de políticos regionais e da UDN, e até a sua esposa, D. Eloá. Mas nada do candidato. Jânio estava entretido numa casa de tolerância em Moinho de Ventos. Chega como se nada tivesse acontecido. Um assessor lhe dá um pão com mortadela, que ele come no palanque para delírio do público, não sem antes dar um beijo em D. Eloá Quadros e exibir a costumeira caspa sobre o paletó escuro.
Renunciando com sete meses de governo, em 25 de agosto de 1961 (a posse foi em 31 de janeiro, data do meu aniversário de 11 anos), ele fez uma cruzada moralista – proibiu concursos de miss, quis vetar o uso do biquini, proibiu as brigas de galo e suspendeu as corridas de cavalo nos dias da semana. Mas o governo não andou, depois que provocou a ira dos que tinham privilégios cambiais com a Instrução 204, da Sumoc. Donos de jornais, à frente Carlos Lacerda, perderam o privilégio do câmbio especial e fizeram-lhe críticas pesadas, junto com outros setores afetados. Acuado pelas críticas e as reações no Congresso, Jânio usou o Dia do Soldado para tentar um golpe apresentando uma carta de renúncia (imaginava que o Congresso não ia aceitar e as Forças Armadas, que não engoliam seu vice, João Goulart, do PTB, que estava em visita à China, iriam apoiá-lo como ditador, com plenos poderes). Mas a carta de renúncia, tida como “ato unilateral”, foi lida pelo presidente do Congresso e do Senado, Auro de Moura Andrade, e o cargo ficou vago. Foi empossado o 3º na linha de sucessão, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli. Desorientado, Jânio que se dizia um pobre e probo homem público, pegou navio e saiu vagando pelo mundo até aportar em Londres, onde ficou longa temporada no caro Hotel Selfdrige, com um atrativo irresistível: “happy hour” das 17 às 18 horas, com fartas rodadas de port wine. De onde vinha o dinheiro? Do caixa que Jânio foi fazendo na campanha, com doações recebidas diretamente (como ocorreu na casa de empreiteiro carioca no edifício Chopin, ao lado do Copacabana Palace, em setembro de 1960), postas numa mala, sem recibo. Seu inventário revelou uma fortuna em imóveis.
Jânio fez escola. Fernando Collor repetiu a toada contra a corrupção, na figura dos “marajás” do serviço público de Alagoas, quando foi governador. Foi tido como o maior “ladrão” da poupança alheia ao congelar as aplicações financeiras e depósitos acima de 50 mil cruzados novos e estabelecer IOF de 15% na transição da moeda cruzado novo para o cruzeiro. A história recente, com condenação a vários anos no escândalo da corrupção na BR Distribuidora, mostra que seu moralismo era de fancaria. Maluf se graduou na escola das campanhas eleitorais: a cada derrota, ficava mais rico com as doações.
Todos os homens do presidente
Jair Bolsonaro tinha um passado obscuro como deputado do baixo clero na Câmara, com denúncias de “rachadinhas” dos salários que conseguia para auxiliares nomeados para o gabinete, com dinheiro público. Mas fez discurso ostensivo contra a corrupção e a “a velha política” expressa na figura do Centrão. O general Augusto Heleno chegou a fazer paródia contra o Centrão, cantarolando uma versão da música do genial Bezerra da Silva: “Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão”. O “modus operandi” familiar foi herdado pelo filho 01, o então deputado federal Flávio Bolsonaro, em seu gabinete na Alerj, tudo operado pelo ex-assessor de Jair Bolsonaro na Câmara, sargento Fabrício Queiroz. Quando o caso estourou, em plena campanha, Bolsonaro já estava virtualmente eleito em 2018 e Flávio foi eleito senador pelo PSL-RJ. Com direito a foro especial (no Superior Tribunal de Justiça), toda a investigação, documentada pelo MP-RJ, foi considerada nula, e o caso dorme nos escaninhos da Justiça. Mas as investigações esquentaram em junho de 2020, quando Queiroz, que estava foragido, foi encontrado numa casa em Atibaia (SP). Para surpresa geral, a casa pertencia ao advogado da família Bolsonaro, que defendeu o senador, Frederico Wassef. Um caso típico de ocultação de prova viva. Para evitar novos problemas, Bolsonaro interferiu na Polícia Federal, trocando chefias e várias superintendências
Apesar do desastre que foi sua gestão, na saúde, com mais de 700 mil mortes pela Covid, e na educação, com corrupção no MEC, que teve cinco ministros, e na inércia em vários campos de atividade, ao mesmo tempo em que liberava o porte de armas, o garimpo ilegal em terras indígenas e coibia a fiscalização do Ibama contra crimes ambientais, Bolsonaro se acercou de figuras chave do “Centrão” para sustentar seu governo na reta final. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira, que já esteve com Lula, Dilma e Temer, se licenciou do mandato para que sua mãe, suplente pelo Piauí, assumisse a cadeira no Senado, enquanto o filho comandava a Casa Civil. Outros esteios vieram a ser o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o deputado Fábio Faria (PP-RN), que assumiu o Ministério das Comunicações. E o general Heleno teve de conviver diariamente com essas figuras do Centrão no Palácio do Planalto…
Todos marcharam juntos, fazendo o diabo para tentar reeleger Bolsonaro. Deu Lula, apesar das pressões da Polícia Rodoviária Federal para dificultar o acesso dos eleitores de Lula às urnas do Nordeste, onde teve maior vantagem no 1º turno. Os fatos que vieram à tona após as eleições, quando o ex-presidente dizia que estava com erisipela para se manter recluso, enquanto remoía todas as possibilidades de um golpe com apoio das Forças Armadas, deixam a nação cada dia mais envergonhada e indignada. Em nome do slogan “Brasil acima de tudo; Deus acima de todos”, Bolsonaro manobrou nos bastidores, com seus assessores, para fazer uma nova forma de “rachadinha” com os milionários presentes que recebeu, sobretudo dos ricos países árabes, enquanto presidia o país. As normas da Comissão de Ética da Presidência da República rezam que presentes acima de R$ 100 mil têm de ser incorporados ao acervo do Gabinete da Presidência da República. Bolsonaro ignorou a lei por diversas vezes. Não declarou relógios e joias que recebeu em viagens ao Bahrein e aos Emirados Árabes Unidos. Guardou para si.
Quando um conjunto de joias milionárias presenteadas pela Arábia Saudita para a primeira dama, Michelle Bolsonaro, e que estava escamoteado em mochila de militar ajudante de ordens do então ministro das Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, foi apreendido em vistoria na Alfândega de Guarulhos, em outubro de 2021 (o relógio e as joias destinadas ao presidente passaram sem revista na bagagem do ministro), armou-se ampla operação para tentar liberar, com o famoso “jeitinho brasileiro”, as joias da primeira-dama. O fiscal da Receita Federal foi inflexível aos apelos do ministro Albuquerque e o então secretário da Receita Federal do Brasil, José Barroso Tostes Neto, deu total respaldo ao subordinado, resistindo às pressões dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes. Durou só mais um mês no cargo: em 7 de dezembro de 2021, Barroso foi substituído por Júlio Cesar Vieira Gomes. Este tentou, de todas as formas, ajudar os ajudantes de ordens enviados de Brasília para São Paulo em aviões da FAB, por indicação do tenente-coronel Mauro Cid, chefe da Ajudância de Ordens do Gabinete do presidente da República até o dia 30 de dezembro de 2022, quando embarcou para os Estados Unidos, em avião da FAB, na companhia do presidente Jair Bolsonaro, com destino a Orlando (Flórida). Na bagagem seguiram muitas joias.
Se a gente já tinha vergonha alheia pelos episódios das malditas joias sauditas, os fatos ficaram piores depois que Bolsonaro deixou o poder. Não se sabe de todos os passos e interferências do ex-presidente para os atentados na noite de 12 de dezembro, em Brasília, após a diplomação de Lula e Geraldo Alkimin pelo Superior Tribunal Eleitoral (posteriormente foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança de Bolsonaro, Anderson Torres, uma minuta de golpe no TSE, com anulação das eleições), na tentativa de explosão de bomba e caminhão-tanque de querosene de aviação no aeroporto de Brasília, duas semanas depois, e os atentados de 8 de janeiro.
Amor e corrupção
Mas a descoberta das gestões oficiais pela liberação das joias destinadas à primeira-dama levou o Tribunal de Contas da União a determinar, em 22 de março deste ano, a entrega, em cinco dias úteis, das joias presenteadas à primeira-dama e ao ex-presidente, mostra que depois que o golpe não deu certo o grupo que cercava o presidente, seguindo o roteiro mais barato das quarteladas na América Latina, tratou de raspar o cofre. No caso, o botim disponível a ser monetizado em dólar era composto pelas joias e presentes supostamente mais valiosos que Bolsonaro recebeu enquanto presidente. Um dos lotes foi posto numa caixa em destaque no dia 30 de janeiro, com preço de US$ 120 mil a US$ 140 mil (R$ 611 mil a R$ 713 mil), no leilão visando ao Dia dos Namorados (San Valentin Day, em 14 de fevereiro) na Fortuna Auction, de Nova Iorque, no dia 7 de fevereiro, mas não encontrou o preço pedido.
Não se sabe como e por quanto, o tenente-coronel Mauro Cid, que contou com a ajuda decisiva de seu pai, o general Mauro Lourena Cid, lotado no escritório da APEX, conseguiu apurar nas vendas de relógios da marca Chopard, cravejados de brilhantes e outras joias. O fato é que depois de Mauro Cid voltar ao Brasil e ser preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que conduz o inquérito dos atentados de 8 de fevereiro, foi descoberta, em investigação cruzada dos celulares dos envolvidos e na verificação das pessoas que visitaram o tenente-coronel Mauro Cid na prisão do Exército, uma movimentação frenética de pessoas próximas a Bolsonaro para reaver as joias que já tinham sido vendidas ilegalmente. O nome disso é peculato, apropriação indébita de bens públicos. Ou mais claramente, corrupção.
Chamou a atenção da Polícia Federal constatar que, em meio às visitas, além do ex-comandante do Exército, general Júlio Cesar Arruda (demitido por Lula em janeiro), e de seu pai, o general Mauro Lourena Cid, estava assinalado o nome do advogado da família Bolsonaro, Frederico Wassef. Era o mesmo que estava envolvido no sumiço do ex-sargento Fabrício Queiroz. A fama de intrometido de Wassef serviu para despistar as suspeitas. Mas as investigações da PF constataram que coube a Wassef a missão de ir aos Estados Unidos recomprar, numa joalheria da Pensilvânia, por US$ 68 mil, o relógio Rolex que fora vendido semanas antes por US$ 51mil, para atender às exigências do TCU. Ou seja, Wassef estava mais uma vez tentando apagar provas, mas foi descoberto e preso. Assim como o general Mauro Lourena Cid.
A lista se fechou com o ajudante de ordens de Bolsonaro, que passou a exercer a função de Cid após sua prisão, o tenente do Exército Osmar Crivelatti. Ele foi ajudante de ordens do ex-comandante do Exército, Eduardo Villas-Boas. Crivelatti também visitou Mauro Cid na prisão. Mais do que solidariedade, percebe-se que cada visitante trocava informações sobre o andamento da “operação joinha”. Após a prisão, interrogatórios e possíveis acareações podem indicar se não havia algo mais entre eles do que a simples missão de apurar dinheiro do patrimônio público em prol de Jair Bolsonaro.
O X da questão
Mexer com xis não dá muito certo. Que o diga Eike Batista, que tratou de agregar o X multiplicador de finanças a seus empreendimentos. 1º foi a MMX, braço de mineração, depois a OGX (de óleo e gás), que naufragou, junto com o império EBX. Elon Musk, que já tinha a Space X, agora, está abusando, ao trocar o Twitter por um X.
Mas, o que dizer dos ex-presidentes brasileiros? Lula andou enrolado com o triplex de Guarujá. Agora é a vez de Bolsonaro explicar as tramoias dos Rolex.
Zebra, Zêmula e Zema
Já se fez cruzamento de jumento/jumenta, seres do gênero asinino, como cavalos ou éguas, do gênero equino. O resultado, burro ou mula, é estéril. Também já se cruzou cavalos e éguas com zebras (do gênero Equus, parentes próximos dos equinos). Nascem animais de porte elevado, com as pernas zebradas e semelhantes aos burros. Mas também são estéreis (não se reproduzem). Por isso a expressão Zêmula (“fulano é uma Zêmula”, cruzamento de zebra com uma mula) fica só no imaginário.
Em Minas Gerais, onde as pessoas gostam de encurtar o nome, dizem que, depois das declarações preconceituosas do governador contra os estados do Norte e Nordeste, o neologismo Zêmula foi simplificado para Zema. Afinal, o governador deu um tiro no próprio pé, pois quase 250 dos 853 municípios mineiros estão na região pobre de Minas, que faz divisa com a Bahia (Chapada Diamantina e Vale do Jequitinhonha) e goza dos benefícios da Sudene.
As mágoas de Paulo Guedes
Depois que terminou o período de quarentena, iniciado quando pediu férias do governo Bolsonaro, após instalar a equipe de transição com Fernando Haddad em novembro, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes está retomando as atividades privadas. Ele já está atuando como “chairman” da Legend Capital, uma gestora de recursos com sede do Leblon, onde mora. E assume em poucos dias participação e uma posição no conselho da Yvy, gestora de recursos para investimentos sustentáveis, comandada pelo ex-presidente do BNDES, Gustavo Montezano, conhecido de Guedes desde o Pactual. E ainda sobra tempo para negociar o cargo de conselheiro em um grande grupo.
Mas o que mais lhe dá prazer é a volta às caminhadas matinais na praia do Leblon até o Arpoador, que cumpre em ritmo forte no ir e vir. Quando algum amigo antigo puxa uma conversa mais reservada e profunda com Guedes, ele não esconde sua mágoa com o tempo perdido no governo Bolsonaro.
Mesmo tendo feito todos os esforços para garantir a reeleição (cortando impostos de combustíveis, energia elétrica e comunicações, e despejando um caminhão de dinheiro nos bolsos dos eleitores de classe média), ele reconhece que sua reputação foi abalada nos quatro anos de Bolsonaro porque o presidente nunca lhe deu, de fato, autonomia para fazer as reformas na profundidade em tempo que Guedes consideravam necessários.
O 1º embate foi na reforma da Previdência, quando Bolsonaro poupou militares e altos funcionários. Em seguida, arquivou a reforma administrativa. A Covid terminou por afundar a economia. Quando o país recobrou o crescimento, veio a invasão da Ucrânia pela Rússia que assolou a inflação e as chances da reeleição. Guedes esperava um 2º mandato para fazer o que não conseguiu.
Quanto vale o STF?
Muito se conjectura em torno do provável substituto(a) da ministra Rosa Weber, que se aposenta do Supremo Tribunal Federal no início de outubro, quando completa 75 anos, idade limite para permanência no STF. Mas pouca gente fala nas sucessões do Superior Tribunal de Justiça, instância que julga prefeitos, governadores, altos funcionários públicos e casos não constitucionais. Dia 23 de agosto, o STJ vai renovar três dos seus 33 ministros. Disputam as vagas sete candidatos. Todas as escolhas serão do presidente Lula.
Duas vagas, da cota do Ministério Público, devem caber a desembargadores estaduais. A outra, mais polêmica, é a cota de advogados, que passa por triagem da OAB, e está despertando mais curiosidade entre os atuais ministros do STJ. Inicialmente, sete mulheres se inscreveram para a vaga que cabe à OAB. Mas seis delas sequer foram votadas. Foram vetadas pela diretoria.
Despontou como favorita a representante dos criminalistas, a advogada Daniela Teixeira. Ligada a grandes bancas criminais e, ainda, ao ministro Cesar Asfor Rocha, seu principal padrinho, tem impactado com o tom midiático de sua campanha, como nunca se viu na história do Tribunal.
Daniela Teixeira, tem patrocínio do BTG-Pactual e articulação do ex-presidente Marcus Vinicius Furtado Coêlho, em acordo com o presidente da OAB/DF, conta ainda com a simpatia do grupo prerrogativas e apoio político da primeira-dama Janja e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Mesmo com tantos apoios, não mede esforços para arregimentar votos. Por exemplo, mandou buscar, de jato particular, um conselheiro honorário de São Paulo só para votar nela na lista sêxtupla formada pelo Conselho Federal da OAB. Do modo como se encaminha a votação, ela será a única candidata mulher. Aparentemente, não será difícil ser eleita.
Mas o campo adversário está jogando pesado. Circula desde 6ª feira o acórdão de processo de “Habeas Corpus” no qual foi derrotada por 6 X 0 no STJ. O caso envolvia a defesa de dois homens que forçaram uma mulher a abortar. O aborto ainda é uma questão polêmica em qualquer roda. Até na da Justiça.
GILBERTO DE MENEZES CÔRTES” JORNAL DO BREASIL” ( BRASIL)