O GOVERNO LULA E A FALTA DE DISCERNIMENTO SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ilustração Universidade Estácio

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Importante que os ministros da Educação e Direitos Humanos, que têm o melhor dos propósitos, informem-se sobre movimentos de inclusão

Ao longo dos anos, um dos movimentos sociais mais relevantes foi o da educação inclusiva, o que defende que crianças e jovens com deficiência sejam educadas em escolas convencionais, ao lado de crianças sem deficiência.

O movimento combateu a indústria que se instalou na Federação das APAES (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), sociedades Pestalozzi e outras que passaram a viver de contribuições públicas mantendo crianças em cercadinhos como animais.

Coube aos ministros Tarso Genro e, especialmente, Fernando Haddad, implementar o mais audacioso programa de educação inclusiva do planeta, colocando quase 800 mil crianças com deficiência nas escolas, preparando a rede pública para recebê-las e integrando-as no convívio social.

Esse modelo foi amplamente prejudicado ainda no governo Dilma Rousseff, graças ao lobby do senador paranaense Flávio Arns, autor de repasses escandalosos às APAES do Paraná, além de ligação íntima com a Lava Jato.

O segundo adversário da educação inclusiva foi uma ala do movimento dos surdos, que criou uma ideologia inacreditável.

Acreditam eles que os surdos formam uma cultura à parte, como os quilombolas. Só aceitam a linguagem de sinais, são contra políticas públicas que possam fornecer fonoaudiólogos, para ensinar as crianças a falar desde a mais tenra idade. Os “surdinistas”, como se autodenominam, impedem que os filhos tenham contato com crianças ouvintes e abominam até o português como língua oficial.

Agora, os dois grupos voltam a se imiscuir nas políticas públicas, as APAES com influência no Ministério da Educação, de Camilo Santana, os “surdinistas” no Ministério dos Direitos Humanos, com Silvio Almeida.

Seria importante que ambos os ministros, que têm o melhor dos propósitos, informem-se sobre os movimentos de inclusão e sobre o prejuízo trazido às crianças pelo jogo político indecente das Federações de APAES e pelo movimento ideológico dos “surdinistas”.

LUIS NASSF ” JORNAL GGN ” ( BRASIL)

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