LAUDELINA DE CAMPOS MELO, A NOVA HERÓINA DA PÁTRIA

Laudelina de Campos Melo. Foto: Reprodução – primeirosnegros.com

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Pioneira na luta pelos direitos dos trabalhadores domésticos passa a integrar o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

O nome de Laudelina de Campos Melo foi oficialmente integrado ao Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, graças a decreto sancionado pelo presidente Luíz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

Nascida em Poços de Caldas em 1904, Laudelina de Campos Melo começou a trabalhar aos sete anos, quando foi obrigada a abandonar os estudos para cuidar dos irmãos.

Aos 16 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica ao mesmo tempo em que passou a integrar organizações do movimento negro, chegando inclusive a ser presidente do Clube 13 de Maio.

Depois de se mudar para São Paulo, ela se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1930, e militou pela Frente Negra Brasileira (FNB). Laudelina trabalhou como doméstica até 1950 – quando montou uma pensão na cidade de Campinas e começou a vender salgados nos campos de futebol.

Militância pelos trabalhadores domésticos

Laudelina de Campos Melo foi a principal ativista pelos direitos das domésticas, classe que era formada, em grande parte, por mulheres negras.

Ela foi a fundadora da primeira associação de trabalhadores domésticos do Brasil em 1936, que posteriormente se tornou o primeiro sindicato da categoria em 1988, após a promulgação da nova Constituição.

Entre suas reivindicações em prol dos trabalhadores domésticos estava o auxílio às trabalhadoras e a seus familiares e inclusão da categoria na CLT. Os primeiros direitos trabalhistas para a categoria vieram somente em 1972.

A militante também integrou, de forma voluntária, o Primeiro Batalhão Militar de Santos, enviado para a Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Além de trabalhar no socorro às tropas e cuidar da alimentação dos combatentes, ela atuou como soldada e desmascarou um espião alemão infiltrado.

Laudelina de Campos Melo faleceu na cidade de Campinas, em 1991.

Com informações do site Primeiros Negros.

TATIANE CORREIA ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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