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Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, era sargento da PM e foi executado no Rio
O ex-sargento da Polícia Militar (PM), Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, teria contratado o ex-PM Ronnie Lessa para matar a vereadora Marielle Franco. Curiosamente, o homem que seria a peça chave para desvendar o mandante do crime foi morto em 2021, em uma emboscada (saiba detalhes abaixo).
Macalé foi apontado como o intermediário do crime pelo ex-PM Élcio Queiroz, que está preso desde 2019 por envolvimento no caso e agora decidiu delatar o crime, em acordo com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Segundo Élcio Queiroz, Macalé seria o interlocutor do mandante da morte de Marielle encomendada a Ronnie Lessa, além de estar presente em todas as “vigilâncias” contra a vereadora.
“Edimilson Macalé esteve presente em todas [as vigilâncias]; inclusive foi através do Edimilson que trouxe… Vamos dizer, esse trabalho pra eles; essa missão pra eles foi através do Macalé, que chegou até o Ronnie”, contou Élcio, na delação.
Élcio Queiroz | Foto: Reprodução/ Tribunal de Justiça
Assim como Élcio Queiroz, Lessa está preso desde 2019 pelos assassinatos da vereadora e do seu motorista Anderson Gomes. Os dois vão a júri popular pelos crimes.
Queima de arquivo?
Em 2019, Macalé foi executado na Avenida Santa Cruz, em Bangu, Zona Oeste do Rio.
Um vídeo mostra quando ele andava com duas gaiolas nas mãos em direção ao seu carro, uma BMW branca, quando foi atingido por disparos, vindos de um carro cinza escuro.
Macalé morreu no local.
Relações comprometedoras
Assim o ex-sargento, outra peça chave da investigação pela morte de Marielle era o miliciano Adriano da Nóbrega, membro do Escritório do Crime, morto durante uma operação policial na Bahia, em 2020.
Ronnie Lessa atribuiu o assassinato da ex-vereadora ao grupo de matadores de aluguel comandado por Nóbrega.
Quando o miliciano foi morto, membros do Escritório do Crime teriam ligado para “Jair” ou “presidente” ou “homem da casa de vidro”, segundo escutas do MP, que foram descartadas sob a justificativa de que se o interlocutor fosse mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o MP não teria competência para o caso.
Ainda, vale ressaltar que tanto uma ex-esposa quanto a mãe de Nóbrega foram lotadas no gabinete de Flávio Bolsonaro, no Rio de Janeiro. Nóbrega também era amigo do ex-assessor Fabrício Queiroz, apontado como o operador do esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio.
ANA GABRIELA SALES ” JORNAL GGN” ( BRASIL)