A GRANDE LUTA DE HÉLIO GRACIE E WALDEMAR PANTERA

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Foi a luta mais longa da história até então, mais de 3 horas, sem descanso…

A morte de Robson Gracie, aos 88 anos, me traz lembranças da mais tenra infância, especialmente a luta épica entre Hélio Gracie e Waldemar Santana.

Hélio foi o patriarca da família e o introdutor do jiu-jítsu no Brasil. Entre seus falhos, havia Carlson, pai de Robson.

Waldemar era um estivador, que trabalhava como roupeiro da academia dos Gracie e porteiro nas festas da família, em Petrópolis. Certa vez, deixou arranhar um carro e foi expulso da Academia. Decidiu montar a sua.

Um repórter, na época, percebeu o tema que poderia render muito: fazer Waldemar desafiar Hélio Gracie. Àquela altura, Waldemar era apresentado como capoeirista, apesar das aulas na academia Gracie. Hélio tinha 42 anos e cerca de 80 quilos. Waldemar, 20 e poucos, e 80 quilos.

Foi a luta mais longa da história até então, mais de 3 horas, sem descanso. No final, um Hélio exausto foi a nocaute depois de arremessado no tablado e levado um chute no rosto.

A família incumbiu então, Carlson de lavar a honra. Foram cinco combates, dos quais Carlson venceu um por nocaute e os outros terminaram empatados.

Quando veio o golpe, depois de ter sido segurança de Eloi Dutra, você-governador do Rio, Waldemar foi preso, acusado de ser comunista. Dividiu uma cela com Mário Lago.  

Sua esposa, Waldirmarina foi atrás de ajuda e procurou os Gracie. AMigo de muitos políticos, Hélio ajudou a tirar o amigo e adversário.

Waldemar, apelidado de Pantera, acabou se mudando para Brasilia e se tornando instrutor na Academia Nacional de Polícia.

Em 1982 abriu uma grande academia em Brasilia, mas foi vítima de dois derrames. Faleceu em 1984.

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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