ENTENDA OS MOVIMENTOS DA PROCURADORA RAQUEL DODGE

CHARGE DE AROEIRA


A Procuradora Geral da República Raquel Dodge foi condenada por ter cão e por não ter cão.

Criticaram por dizer que não pode remover Deltan Dallagnol do comando da Lava Jato. E tem razão. A inamovibilidade é um direito essencial para o trabalho de procurador. Apesar de todo seu esforço, não se pode permitir que os abusos de Deltan comprometam as prerrogativas do Ministério Público.

Também é acusada de não defender Deltan com ênfase.

O coração de Dodge bate aceleradamente quando entra em questão a sua recondução ao cargo. E se submete a sessões de autoflagelo, como rir escontroladamente quando Jair Bolsonaro a premia com um gracejo, logo ela, que aparenta ser uma pessoa sofisticada. E se dispõe a fazer sinaizinhos com as mãos, para entrar no clima feérico da fera. E chega ao limite de apoiar um defensor da ditadura, um sujeito que acha que os vermelhos precisam ser varridos do mapa, como representante do Ministério Público Federal na Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos.

Sinceramente, não sei a razão para pagar um mico tão alto.

Ela não é desonesta. Também não é acusada de utilizar o cargo para beneficiar aliados com viagens e outros benefícios, como o antecessor Rodrigo Janot. Nem consta que pretenda usar o cargo para entrar para a história. Pelo contrário, sua belíssima história no Ministério Público Federal está sendo destruída pelo apego ao cargo.

Como gestora, lembra Dilma Rousseff: competente quando incumbida de uma missão; um desastre quando chefiando organizações complexas, pelo estilo extremamente centralizador e pela falta absoluta de embocadura nas grandes questões políticas.


Por isso acena para a Lava Jato, para não perder apoio das bases. E o aceno é suficientemente discreto para não perder apoio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) contrários à Lava Jato.

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN”

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