Atualização às 18h do dia 19/12 para resposta do Colégio Santa Cruz
O ovo da serpente do fascismo parece ter contaminado todos os setores.
Dia desses, almoçávamos em um restaurante dos Jardins, no dia da derrota do Brasil na Copa. Do lado de dentro, uma rapaziada adolescente, com camisa do Brasil e bandeiras. Do lado de fora, um casal tranquilo, com o detalhe de que o homem – de meia idade, forte – tinha uma camisa com o símbolo foice e martelo. Estavam sentados calmamente, quando foram abordados por um dos jovens, ameaçando brigar.
Fiquei algo assustado com essa dimensão juvenil da violência.
Conversando com uma pessoa ligado a direitos humanos, soube de episódios preocupantes. Ele deu recentemente palestra no Santa Cruz, historicamente um colégio voltado para a elite progressista paulistana. Lá, soube que há grupos de jovens neonazistas que, nos intervalos, vestem camisas nazistas e desenhar símbolos nos quadros negros. Esse mesmo movimento ele observou em outro colégio progressista. E o que estaria ocorrendo, por exemplo, em colégios conservadores, como o Bandeirantes?
O ovo da serpente do fascismo parece ter contaminado todos os setores.
Resposta do Colégio Santa Cruz
O Colégio Santa Cruz enviou o seguinte comunicado:
“O Colégio Santa Cruz repudia qualquer tipo de discriminação e preconceito e não reconhece os fatos citados na matéria, durante intervalos ou em sala de aula. Lamentamos que a escola não tenha sido consultada para averiguação dos fatos”.
Fabio Aidar
Diretor geral do colegio Santa Cruz
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN