O maior crescimento foi de trabalhadores por conta própria com CNPJ, seguido de por conta própria sem CNPJ.
As estatísticas podem ser enganosas. Ontem, houve alguma comemoração com a redução do desemprego e uma pequena melhora relativa nos rendimentos.
Quando se entra no âmago dos números, o quadro é trágico.
O gráfico abaixo mostra a evolução do emprego em alguns setores relevantes, tomando-se agosto-outubro de 2012 como base 1.
O maior crescimento foi em Alojamento e Alimentação e Outros Serviços, ambos empregos de baixa qualificação.
Na outra ponta, o setor mais privilegiado da economia – Agricultura, pecuária -, com isenção fiscal e financiamento subsidiado, foi o que menos gerou empregos, ao lado da Indústria, e muito abaixo do crescimento total do emprego.
O gráfico seguinte mostra os mesmos setores, em número de empregos gerados.
No caso da Agricultura, houve uma redução do número de empregos. Será mais um fator a ser considerado quando os governos estaduais e o federal decidirem rever as escandalosas isenções tributárias do setor.
Outro dado relevante, da precarização do trabalho, é o perfil dos trabalhadores de acordo com os vínculos trabalhistas.
No quadro abaixo, considerou-se outubro-dezembro de 2015 como base 100.
O maior crescimento foi de trabalhadores por conta própria com CNPJ, seguido de por conta própria sem CNPJ.
Repare em uma queda aguda da categoria trabalhador familiar auxiliar, proveniente decorrente da queda de renda das famílias
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)