AS 72 HORAS ANTES DE 30 DE OUTUBRO

CHARGE DE AROEIRA

Os bolsonariatas possuem um método de ataque em massa que se inicia sempre nas 72 horas antes da votação. Foi assim em 2018 no primeiro turno, não foi necessária a onda no segundo turno (devido à margem folgada nas pesquisas), foi assim no primeiro turno agora e SERÁ de forma frenética nesse segundo turno.

O comando da campanha de Bolsonaro sabe que a convicção de um povo despolitizado não é tão sólida. A pressão ao longo do segundo turno é contínua e suja. 

Mas nas 72 horas finais há uma onda que começa nas ruas e termina no seu ápice nos cultos das igrejas evangélicas e nas católicas carismáticas no sábado à noite, com toda uma ampliação virulenta de tudo o que é sujo e mentiroso e que passa sem qualquer objeção e conhecimento do TSE.

Há aqui a necessidade de 3 movimentos por parte das forças democráticas: defesa, contra-ataque preventivo e ataque.

A defesa é partir para a produção de material a ser distribuído pela militância pelas ruas em defesa de Lula, propositiva e otimista.

O contra-ataque significa uma ação preventiva, alertando o povo das mentiras de última hora e colocando farto material dizendo sobre as verdades de quem é Bolsonaro e revelando suas fakenews.

O ataque é fazer a onda reversa, respondendo na mesma moeda as mentiras de Bolsonaro, utilizando o exercício lógico da dedução do que será o governo Bolsonaro.

Essa última parte é fundamental. Trata-se de dizer que quem vai acabar com as igrejas e o cristianismo é Bolsonaro, pervertendo suas funções e significados sociais; que quem defendeu o aborto do próprio filho foi Bolsonaro e que é ele quem vai querer legalizar o aborto e a esterilização da população pobre; que ele vai destruir o agronegócios com a queimada da Amazônia que levará a boicotes internacionais contra o Brasil; que é Bolsonaro quem vai “venezualizar” o país o tornando em uma ditadura com a reforma do STF… e aí a imaginação está livre para responder com a mesmíssima proporção e nível para se dizer o que mobiliza mais o indeciso e aquele que diz que votará nulo.

São as 72 horas finais o momento de adesivar e colocar a bandeirinha de Lula na janela dos carros. É a hora de sair nas ruas, driblar a rejeição à Lula e dizer que se trata de um plebiscito de vida ou morte do país e da democracia. 

Temos um trabalho duro pra eleger Haddad em SP. Temos um trabalho duro para eleger Lula. Vencer a abstenção com caronas solidárias é algo igualmente necessário… se somos a maioria então vamos provar que somos, vencer o medo e ganhar as ruas, sob o custo de – se assim não fizermos – vermos Bolsonaro e o fascismo vencerem Lula e a democracia por uma pequena margem de votos…

CARLOS D’INCAO ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)

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