Ataques de Ciro Gomes (PDT) a jornalistas motivaram organizações a repudiarem a postura do candidato
Ataques de Ciro Gomes (PDT) a jornalistas motivaram organizações ligadas à liberdade de imprensa e o jornalismo a repudiarem a postura do candidato e de sua campanha.
No debate promovido entre o SBT, CNN, Estadão, Veja e Terra, núltimo sábado (24), Ciro atacou a jornalista do portal Terra, Tatiana Farah, quando ela o questionou se ele apoiaria Lula em um eventual segundo turno.
Ataques de Ciro
Em resposta, o candidato do PDT disse que a pergunta era uma impacto do “lulopetismo corrupto” e disse à repórter que o jornalismo morreu. “Uma das coisas graves que o lulopetismo corrupto tá produzindo no Brasil é a morte do jornalismo.”
Dias antes, durante a sabatina realizada pelo Estadão e pela FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado), Ciro Gomes atacou o repórter Pedro Venceslau, dizendo também que o PT “intoxicou a cabeça” do jornalista, quando ele perguntou se Ciro iria a Paris em eventual segundo turno, como fez em 2018.
Pouco depois, voltando a atacar o repórter, Ciro Gomes disse ao Podcast Rumble que Venceslau fez um “trabalho sujo” para o “gabinete do ódio de Lula”.
>Equipe de Ciro
O membro da equipe de Ciro, Gustavo Castañon, também chamou Leandro Demori de “bosta”, depois que o jornalista se referiu a uma reportagem do Uol sobre filiados do PDT ligados a grupos da extrema-direita.
As organizações de imprensa afirmaram, em nota, que “um discurso que ataca o jornalismo não contribui para prevenir a violência contra jornalistas” e que “agir dessa maneira tem efeito contrário: fomenta, indiretamente, novas agressões”.
Entidades se manifestam
“Desacreditar profissionais e classificá-los como militantes disfarçados e enviesados produz um ambiente hostil em um ciclo eleitoral já marcado por extrema violência contra a imprensa”, escreveram.
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“O candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, apesar de ser signatário da carta-compromisso em prol de um ambiente livre e seguro para o exercício do Jornalismo nas eleições, tem usado recorrentemente o expediente de se voltar contra profissionais, de forma desrespeitosa, quando questionado por repórteres.”
As entidades também pediram uma resposta do candidato Ciro Gomes para que ele cumpra “com o compromisso assumido de contribuir para um ambiente livre e seguro para o exercício do jornalismo”.
PATRICIA FAERMANN ” JORNAL GGN” ( BRASIL)