em bobo comemorando a alta de 0,1% nas expectativas do “mercado” para o PIB de 2019, depois de 20 quedas seguidas.
A coisa está tão feia que se festeja até arredondamento, não é.
No departamento de vendas das indústrias a coisa é diferente.
Cresceu vertiginosamente, desde o início do ano a perspectiva de “encalhe” por falta de quem compre a produção.
Tanto que se voltou ao patamar da desgraça de 2016.
E não é só isso. Transcrevo o boletim da Confederação Nacional da Indústria, em sua sondagem mensal:
A produção industrial em junho caiu na comparação com maio. O índice de evolução da produção ficou em 43,4 pontos, abaixo da linha divisória [50 pontos} (…) o índice de junho de 2019 é o menor para o mês dos últimos quatro anos, superando somente
os registrados em anos de crise mais aguda, em 2014 e 2015. (…)
O emprego industrial também recuou em junho. O índice de evolução do número de empregados registrou 47,2 pontos no mês. O valor é inferior ao registrado em um mês de junho dos dois anos anteriores.
O mesmo aconteceu com os estoques, cujo índice só foi superado pela estocagem forçada da greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado. Igual situação ocorre com o uso da capacidade instalada das plantas industriais, que ficou em apenas 66%, o mesmo da semiparalisação registrada com o bloqueio das estradas.
Isso que dizer que, ainda que ocorra um milagre de aumento da demanda, o nível de ociosidade não requer que haja investimento e, na maioria das vezes, nem mesmo aumento da mão de obra empregada.
Quem vende é que sabe se tem quem compre…
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)