O assassino de Foz do Iguaçu e o valentão de Minas, preso ontem por ordem de Alexandre de Moraes não são loucos que surgiram por “geração espontânea”, embora sejam, evidentemente, pessoas com distúrbios evidentes.
E que se tornam perigosos porque foram e estão sendo insuflados ao ódio, de forma deliberada, por Jair Bolsonaro e sua prole de beneficiários.
Agora, circulam no Zap imagens de um homem negro, sem camisa, agredindo um padre (na verdade, um bispo), em plena missa, e dizendo que aquilo se passa na França “mas, pela postura de militantes de esquerda que trabalham por Lula, pode ser aqui muito em breve…”.
Quem publica o vídeo? Flávio Bolsonaro.
Não apenas há mentira, mas desumanidade e intenção de incitar ao atitudes violentas.
A cena ocorreu na Guiana (e não na França), em 2020 e o homem é um doente mental, um dos muitos que perambulam em Georgetown, capital do país. O bispo, Francis Alleyne, continua tranquilamente a missa e pede aos presentes que “rezem por nosso irmão”, referindo-se ao desequilibrado, que foi detido na porta da igreja.
As agências de checagem, inclusive a France Press já expuseram a armação, mas a mentira segue rolando solta nas redes, propagadas por obtusos que nem passam perto de querer saber se é verdade ou mentira, já que vem do filho do presidente e senador da República.
Mesmo diante da evidente tentativa de provocar ódio religioso também entre os católicos, nada se faz e aquilo segue sendo espalhados para incautos. Muitos, aliás, prometem surras ou algo mais “se fizerem isto por aqui”.
Um senador da República, sem qualquer escrúpulo,
O bolsonarismo, em desespero, quer transformar uma eleição em um cruzada religiosa hipócrita que tem antes parte com o diabo que com Deus.
Quando isso virar uma tragédia, não dizer que não tem nada com isso e que não podem controlar seus seguidores.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)