Durango Kid é um cowboy fictício do cinema e dos quadrinhos. Ele surgiu pela primeira vez no faroeste B de 1940 O Cavaleiro de Durango (The Durango Kid). O personagem somente seria retomado em 1945, quando a Columbia Pictures iniciou uma série que renderia sessenta e quatro filmes até 1952, todos interpretados pelo ator Charles Starrett. Ela foi relançada na televisão brasileira nos anos 1960, com grande sucesso.
Durango Kid agia como Robin Hood. Vestia-se de negro e cobria o parte do rosto com um lenço da mesma cor. O nome de seu cavalo era Raider (Corisco, no Brasil; quando o personagem retomava seus trajes civis, ele era chamado de Faísca). O personagem é citado por Raul Seixas nas canções Cowboy Fora da Lei e Anarkilópolis, por Fernando Brant, na letra da canção Durango Kid, em parceria com Toninho Horta, e por Sérgio Sampaio em Eu quero é botar meu bloco na rua.
A série Durango Kid
- Apesar de ter marcado a primeira aparição do herói, O Cavaleiro de Durango (The Durango Kid, 1940) não é considerado o primeiro filme da série, por não ter sido produzido com essa intenção. Oficialmente, a série começa com A Volta de Durango Kid (The Return of the Durango Kid, 1945).
- No início, Durango Kid tinha dois companheiros: um cantor, interpretado por Tex Harding, e o “boboca” Dub Taylor; no entanto, eles foram despedidos já em 1946; para o lugar deles, entrou o “sidekick” Smiley Burnette, que estreou em Valentia Rural (Roaring Rangers, 1946) e ficou até o fim, tendo feito cinqüenta e seis fitas. Em seguida, voltou a trabalhar com Gene Autry, a quem deixara em 1944.
- Em cada filme, que tinha uma duração entre cinqüenta e três e sessenta minutos, Charles Starrett interpretava um cowboy cuja identidade secreta muda em cada filme
- Ao contrário de outros personagens com dupla identidade, como Super-Homem e Zorro, ele não se fingia de fraco ou medroso, sendo retratado até como xerife em algumas películas; outra diferença: sua identidade era conhecida por diversas pessoas, tanto que em Vaqueiro Vingador (Buckaroo from Powder River, 1947), um personagem chega a vestir a máscara do herói para confundir os bandidos.
- Ray Nazzarro dirigiu trinta e oito aventuras de Durango Kid; os outros diretores foram: Derwin Abrahams (nove), Vernon Keays (quatro) e Fred F. Sears (treze)
- A série teve bons filmes no início, mas depois caiu na mediocridade, com roteiros muito semelhantes entre si, elenco repetido, cenários pobres, falta de ação e aproveitamento de material de fitas anteriores (tanto que, de 1950 em diante, em cada filme havia quase tantas cenas antigas quanto cenas recém-gravadas).
- A partir de 1948, a série ganhou um novo sopro, com a chegada do diretor Fred. F. Sears e do dublê Jock Mahoney, que muitas vezes estava por trás da máscara do herói, ao invés de Charles Starrett, sem ninguém desconfiar. Mais tarde, Mahoney tornou-se astro de filmes de ação, tendo interpretado, inclusive o “Rei das Selvas” em Tarzan Vai à Índia (Tarzan Goes to India, 1962) e Os Três Desafios de Tarzan (Tarzan’s Three Challenges, 1963).