COMO AS POLÍTICAS LIBERAIS DESTRUIRAM O MERCADO DE CONSUMO NO BRASIL

CHARGE JOÃO BOSCO

As vendas de Tecidos, Vestuário e Calçados são 25,45% inferiores às de novembro de 2014, em relação à População Economicamente Ativa.

Os dados da Pesquisa Mensal da Indústria permitem leituras variadas.

Por exemplo, no mês de abril o maior aumento de vendas foi o setor de Móveis e Eletrodomésticos, com 2,34%. Mas, em 12 meses, foi o que registrou a maior queda, com -6,7%.

No período de 12 meses, as maiores altas ou foram bens de consumo não-durável, ou combustíveis e lubrificantes (muito mais pelo efeito na alta de preços).

Numa linha de abril de 2012 até abril de 2022, percebe-se que o índice atual da Pesquisa Mensal do Comércio é inferior ao de dezembro de 2014. Depois, houve crises sucessivas que derrubaram ainda mais as vendas. Mas o nível atual é inferior  ao que se praticava 10 anos atrás.

Mas a parte mais interessante dos números, é mostrar o que o setor poderia ter sido, caso meramente acompanhasse o crescimento da População Economicamente Ativa e ela mantivesse seu poder de compra de novembro de 2014.

As vendas atuais de Hipermercados e Supermercados são 5,8% menores do que deveriam ser, caso meramente acompanhassem o crescimento vegetativo da população.

Do mesmo modo, as vendas de Tecidos, Vestuário e Calçados são 25,45% inferiores às de novembro de 2014, em relação à População Economicamente Ativa.

Em Móveis e Eletrodoméstgicos, a queda foi de 21,64%.

Esses números mostram a tragédia da ignorância liberal. Cada perda de direito ou de renda do trabalhador significa um alívio no caixa da empresa, mas uma queda no potencial de mercado. Não faz parte da formação do empresário enxergar o todo, as relações de causa e efeito. Mas deveria fazer parte da análise dos economistas.

No entanto, destruíram direitos, investimentos públicos, renda, prometendo um mundo melhor. Entregaram um mercado deprimido, que já afastou do país muitas multinacionais.

LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)

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