“Israel, que mata a tiros centenas de palestinos por ano, inclui rotineiramente repórteres e fotógrafos nas suas listas de alvos”, escreve Chris Hedges
Shireen Abu Akleh – a reporter da Al Jazeera com mais de duas décadas de experiência cobrindo conflitos armados – conhecia o protocolo. Ela e outros repórteres permaneceram ao aberto [visíveis e identificados como imprensa] na última quarta-feira, visíveis aos franco-atiradores israelenses que estavam num prédio a menos de 200 metros (650 pés). O colete à prova de balas dela e o seu capacete estavam marcados com a palavra “PRESS” [imprensa].
Forma disparados três tiros na direção dela. A segunda bala atingiu o produtor da Al Jazeere Ali al-Samoudi nas costas. O terceiro tiro, lembra al-Samoud (https://www.npr.org/2022/05/11/1098157067/al-jazeera-shireen-abu-akleh-killed-israel), atingiu Abu Akleh na face, abaixo da borda do seu capacete.
Passaram-se alguns segundos, quando o franco-atirador israelense (https://apnews.com/article/middle-east-jerusalem-israel-journalists-795d503848799713cdf86043131911d7) divisou Abu Akleh no seu telescópio – ela sendo uma das faces mais reconhecíveis no Oriente Médio. A bala de 5.56 mm do rifle M-16, desenhada girar sobre seu eixo sob impacto, teria obliterado a maior parte da cabeça de Abu Akleh. A precisão do M-16, especialmente o M16A4s equipado com a Mira Ótica Avançada de Combate (ACOG – Advanced Combat Optical Gunsight), que é uma mira telescópica prismática, é muito alta. No combate em Fallujah, tantos dos insurgentes foram encontrados com ferimentos na cabeça que, à primeira vista, os observadores pensaram que estes teriam sido executados. A bala que matou Abu Akleh foi habilmente dirigida à abertura muito estreita entre o seu capacete e a gola do seu colete à prova de balas.
Eu estive em combates, incluindo os confrontos entre forças israelenses e palestinas. Os franco-atiradores são temidos nos campos de batalha porque cada morte é calculada por eles. A execução de Abu Akleh não foi um acidente. Ela foi destacada para eliminação. Eu não posso responder se este assassinato foi ordenado por oficiais de comando, ou se foi ao capricho de um franco-atirador israelense. Os israelenses atiram em tantos palestinos com impunidade, que eu imagino que o franco-atirador, ele ou ela, sabia que podia matar Abu Akleh e jamais teria que enfrentar as consequências disso.
Segundo uma declaração da Al Jazzera (https://www.aljazeera.com/news/2022/5/11/al-jazeera-condemns-israels-killing-of-shireen-abu-akleh), o fuzilamento foi “um flagrante assassinato, violando as leis e normas internacionais.” A rede televisiva adiciona que Abu Akleh foi “assassinada à sangue frio.”
Abu Akleh – que tinha 51 anos e era palestina-estadunidense – era uma presença familiar e confiável nas telas de televisão em toda a região, reverenciada pela sua coragem e integridade, e amada pelas suas reportagens cuidadosas e sensitivas sobre os meandros da vida cotidiana sob a ocupação [israelense]. As suas reportagens nos territórios ocupados geralmente perfuravam as narrativas israelenses e expunham os abusos e crimes dos israelenses, fazendo dela a bête noire [fera negra, em francês] do governo israelense. Ela era uma heroína para jovens mulheres palestinas – como Dalia Hatuga, uma jornalista palestina-estadunidense e amiga de Abu Akleh contou ao The New York Times.
“Eu conheço muitas meninas que cresceram basicamente na frente de um espelho, segurando as suas escovas de cabelo nas mãs, e fazendo de conta que eram Shireen”, Hatuga contou ao jornal (https://www.nytimes.com/live/2022/05/12/world/al-jazeera-journalist-killed-west-bank). “Isso é quão duradoura e importante a presença dela era.”
“Eu escolhi o jornalismo para estar próxima ao povo”, disse Abu Akleh (https://www.aljazeera.com/news/2022/5/11/al-jazeeras-shireen-abu-akleh) num clipe compartilhado pela Al Jazeera depois que ela foi assassinada. “Pode não ser fácil mudar a realidade, porém pelo menos eu fui capaz de levar a voz deles ao mundo.”
Numa entrevista em 2017 ao canal palestino de televisão An-Najah NBC, lhe perguntaram se ela se preocupava em levar um tiro.
“Obviamente, eu fico com medo”, disse ela (https://www.nytimes.com/live/2022/05/13/world/shireen-abu-akleh-funeral-israel). “Num dado momento, você esquece aquele medo. Nós não nos atiramos à morte. Nós vamos e tentamos encontrar um lugar onde podemos estar e como proteger a equipe que está comigo, antes de pensar sobre como eu vou aparecer na tela e o quê eu vou dizer”.
O funeral dela atraiu milhares de enlutados, a maior manifestação em Jerusalém desde a morte do líder palestino Faisal Husseini, em 2002. A polícia israelense, em completo equipamento de combate, interrompeu a procissão, confiscando e rasgando bandeiras palestinas. A polícia atirou granadas de efeito moral e empurraram, bateram e espancaram os enlutados e os carregadores do caixão – fazendo com que estes perdessem o controle do caixão (https://apnews.com/article/shireen-abu-akleh-journalist-funeral-west-bank-bb71e2ec64dd034066bc6df4a9aa2fb3). Milhares entoaram: “Nós sacrificamos a nossa alma e o nosso sangue por você, Shireen”. Este foi mais um exemplo da humilhação cotidiana dispensada aos palestinos pelos seus ocupantes israelenses. Também foi um tributo tocante para uma repórter que compreendia que o papel do jornalismo é dar voz àqueles que os poderosos buscam silenciar.
Eu cobri a ocupação israelense durante sete anos, dois anos com o The Dallas Morning News a cinco com o The New York Times – onde fui o Chefe do Bureau do Oriente Médio do jornal. Um dos principais objetivos do exército israelense era evitar quenós fizessemos reportagens dos territórios ocupados. Quando conseguíamos passar pelos postos de controle israelenses, o que não era sempre possível, para documentar os ataques assassinos dos soldados israelenses a palestinos desarmados, aí então a máquina bem-lubrificada de propaganda de Israel lançava-se para obscurer a nossa reportagem. As autoridades israelenses rapidamente emitiam contra-narrativas. O Primeiro Ministro de Israel, o Ministro das Relações Exteriores, o Ministro da Defesa e o porta-voz das Forças de Defesa Israelense (IDF – Israeli Defense Force), por exemplo, imediatamente culparam atiradores palestinos pelo assassinato de Abu Akleh, até que um video (https://twitter.com/btselem/status/1524346246743396355?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1524346246743396355%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Ftheintercept.com%2F2022%2F05%2F11%2Fisrael-journalist-killed-shireen-abu-akleh-al-jazeera%2F) examinado pelo Centro de Informação sobre Direitos Humanos nos Territórios Ocupados da organização israelense B’Tselem expôs a sua falsidade.
Quando Israel é pego mentindo, como foi no caso do assassinato de Abu Akleh, eles imediatamente prometem fazer uma investigação. A narrativa deles muda daquela de culpar os palestinos para o resultado de uma investigação. Investigações imparciais das centenas de assassinatos de palestinos cometidos por soldados israelenses e colonos judeus raramente são realizadas. Os perpetradores quase nunca são levados a julgamento, ou responsabilizados. O padrão da obfuscação israelense é pateticamente previsível. Assim é também o conluio das mídias corporativas, junto com os políticos Republicanos e Democratas. Os políticos estadunidenses desacreditaram o assassinato de Abu Akleh e repetiram obedientemente o velho mantra, pedindo uma “minuciosa investigação” (https://www.youtube.com/watch?v=a9Nram2Lu1s) feita pelo exército que cometeu o crime.
A dramática filmagem (https://www.youtube.com/watch?v=4NNz_FHCaBg) feita pela France 2 TV em setembro de 2000 no entroncamento de Nezarim na Faixa de Gaza, mostrando um pai tentando proteger o seu filho de 12 anos Muhammad al Durrah dos tiroteio israelense que o matou, resultou numa típica campanha de propaganda feita por Israel. As autoridades israelenses passaram anos mentindo sobre o assassinato do menino – primeiro culpando os palestinos pelo tiroteio e depois sugerindo que a cena tinha sido falsificada e que Muhammad ainda estava vivo.
Uma coisa é certa: os militares israelenses sabem que um dos seus franco-atiradores matou Abu Akleh, mesmo que o nome do soldado provavelmente jamais será publicado. Nem tampouco, eu imagino, o franco-atirador sequer será repreendido.
“Com todo o respeito para conosco, digamos que a credibilidade de Israel não é muito alta em casos deste tipo”, disse o Ministro de Assuntos da Diápora de Israel, Nachman Shai (https://www.haaretz.com/israel-news/.premium-minister-on-killing-of-al-jazeera-journalist-israel-s-credibility-not-very-high-1.10795057) sobre a investigação sobre o assassinato. “Nós sabemos disso. Isto baseia-se no passado.”
Israel tem uma longa história de bloquear investigações sobre a pletora de crimes de guerra que comete em Gaza – a maior prisão à céu descoberto do mundo – e na Margem Ocidental da Rio Jordão. Israel se recusa a cooperar com a Corte Criminal Internacional (ICC – International Criminal Court) sobre possíveis crimes de guerra nos territórios ocupados. Israel não coopera com o Conselho de Direitos Humanos da ONU e proibe o Relator Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos (UNSR – United Nations Special Rapporteur for Human Rights) de entrar no país. Em maio de 2018, o Ministério Israelense de Assuntos Estratégicos e Diplomacia Pública (https://www.alhaq.org/advocacy/advocacy/targets/united-nations/1261-palestinian-human-organizations-condemn-israels-unremitting-attempts-to-silence-them) publicou um relatório pedindo à União Europeia e os países europeus para sustar o seu apoio financeiro e financiamentos diretos e indiretos para as organizações palestinas e internacinacionais de direitos humanos que “têm vinculação com o terror e promovem boicotes contra Israel.”
Israel conta com campanhas de terror, com matanças açeatórias e indiscriminadas, para rebater a resistência palestina. Os estrategistas israelenses descrevem esta tática como “aparar a grama” (https://www.jpost.com/opinion/israel-must-prove-it-has-freedom-to-defend-itself-opinion-668124), parte de uma guerra infindável de desgaste. O terror israelense mantém os palestinos perpetuamente fora de equilíbrio, amedrontados e vivendo abaixo do nível de subsistência. Este terrorismo de estado também contribui para a meta principal de Israel – uma limpeza étnica em câmera lenta da terra palestina.
O bombardeio aéreo e de artilharia de Gaza, o qual durou 51 dias, matou mais de 2.250 palestinos, incluindo551 crianças. O uso das forças militares israelenses contra uma população ocupada que não tem unidades mecanizadas, nem uma força aérea, ou uma marinha, nem míssies e artilharia pesada e controle de comando, sem mencionar o compromisso dos EUA de prover US$ 38 bilhões em ajuda de defesa para Israel na próxima década, não é justificável sob a lei internacional. Israel não está exercendo o direito de se auto-defender. Israel está executando assassinatos em massa. Isto é um crime de guerra. Os ataques são planejados para degradar a infra-estrutura civil (https://www.hrw.org/report/2010/05/13/i-lost-everything/israels-unlawful-destruction-property-during-operation-cast-lead), destruindo usinas elétricas, instalações de tratamento de água e esgôto, edifícios residenciais, edifícios de govenro, estradas, pontes, serviços de utilidade pública, terras de agricultura, escolas e mesquitas.
Israel usou o terror do estado para esmagar o Movimento de Solidariedade Internacional que trouxe ativistas do mundo inteiro aos territórios ocupados, muitas vezes usando os seus próprios corpos para bloquear as demolições de lares palestinos por Israel, bem como impedindo-os de filmar e documentar os abusos de direitos humanos.
Como escreve o autor e jornalista Jonathan Cook (https://www.jonathan-cook.net/2022-05-13/shireen-abu-akleh-executed-message-palestinians/):
Mas o passaporte estadunidense de Abu Akleh não foi mais capaz de salvá-la da retribuição israelense do que aquele de Rachel Corrie, assassinada em 2003 (https://rachelcorriefoundation.org/) por um motorista de escavadora israelense quando ela tentou proteger lares palestinos em Gaza. De maneira similar, o passaporte britânico de Tom Hundall não impediu que ele fosse fuzilado na cabeça quando tentou proteger (https://twitter.com/jocelynhurndall/status/1524603489913036800) crianças palestinas em Gaza do tiroteio israelense. Nem tampouco o passaporte britânico do cineasta James Miller impediu que um soldado israelense o executadsse em 2003 em Gaza, quando ele estava documentando o ataque israelense (https://cpj.org/2006/04/uk-court-rules-idf-shooting-of-filmmaker-in-gaza-w/) num minúsculos e superlotado enclave.
Todos eles foram vistos tomando um lado ao agir como testemunhas e por recusar a permanecerem quietos enquanto palestinos sofriam – e, por esta razão, eles e aqueles que pensavam como eles precisavam aprender uma lição.
Isso funcionou. Logo, o contingente de voluntários estrangeiros – aqueles que vieram à Palestina para registrar as atrocidades de Israel e pra servir, quando necessário, como escudos humanos para proteger os palestinos da ferocidade do exército israelense – foram embora. Israel denunciou o Movimento Internacional de Solidariedade por appoiar o terrorismo e, dada a clara ameaça às suas vidas, o grupo de voluntários gradualmente cessou de existir.
Israel tem uma profunda hostilidade contra a imprensa, especialmente Al Jazeera, que tem uma vasta audiência no mundo árabe. Aos repórteres da Al Jazeera os israelenses rotineiramente negam credenciais de imprensa, eles são assediados e impedidos de reportar. Em 2021, aviões israelenses destruiram o edifício al-Jalaa em Gaza, que hospedava dezenas de agências internacinais de notícias, incluindo os escitórios de Al Jazeera e da Associated Press em Gaza.
Pelo menos 144 jornalistas palestinos foram feridos pelas forças israelenses nos territórios ocupados desde 2018 e três deles, incluindo Abu Akleh, foram assasinados no mesmo período (https://rsf.org/en/israel-palestine-four-years-violence-against-palestinian-journalists-covering-march-return-protests), segundo a organização não-governamental Repórteres Sem Fronteiras. Os repórteres palestinos Ahmed Abu Hussein e Yasser Mortaja, claramente idenficiados como impressa, foram abatidos a tiros pelos franco-atiradores israelenses em Gaza em 2018. Pelo menos 45 jornalistas palestinos foram mortos pelos soldados israelenses desde o ano 2000, segundo o Ministério Palestino de Informação.
“Abu Akleh muito provavelmente foi fuzilada precisamente porque era uma repórter de alto perfil da Al Jazeera, conhecida pelas suas destemidas reportagens sobre os crimes israelenses”, escreve Cook. “Tanto o exército quanto os seus soldados guardam rancores e eles tâm armas letais com as quais acertam contas.”
Israel faz muito pouco para esconder o seu descaso insensível pelas vidas dos palestinos, dos ativistas internacionais e de jornalistas.
“Suponha que Shireen Abu Akleh tivesse sido assassinada por disparos do exército israelense”, declarou (https://twitter.com/qudsn/status/1524332174488608768?s=12&t=2KnyvchTuflJ821zDRE1XA) o ex-porta-voz do IDF Avi Benyahu. “Não há necessidade de desculpar-se por isso.”
Segundo a visão de Israel, repórteres e fotógrafos são responsáveis pelas suas próprias mortes.
“Quando ‘terroristas’ atiram contra os nossos soldados em Jenin, os soldados devem retaliar com toda a força, mesmo na presença de jornalistas da Al Jazeera na área – os quais geralmente ficam no caminho do exército e impedem o trabalho deles”, disse o membro da Knesset [parlamento de Israel] Itamar Ben Gvir (https://mondoweiss.net/2022/05/in-palestine-to-stand-with-the-truth-makes-you-a-target/).
As forças israelenses mataram
https://www.ochaopt.org/data/casualties) pelo menos 380 palestinos, incluindo 90 crianças, durante o ano passado – segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos humanitários (UNOCHA – United Ntions Office for the Coordination of Human Affairs). Este número inclui pelo menos 260 palestinos mortos em Gaza (https://www.aljazeera.com/news/2021/8/23/israeli-strikes-on-gaza-strip-apparently-broke-law-hrw-says) durante o mais recente ataque de Israel el maio de 2021. O ritmo da matança de palestinos por Israel tem aumentado num crescendo após os assassinatos de 18 pessoas por palestinos armados em cidades israelenses no final de março passado. Em março, as forças israelenses mataram 12 palestinos (https://www.amnesty.org/en/latest/news/2022/05/israel-opt-increase-in-unlawful-killings-and-other-crimes-highlights-urgent-need-to-end-israels-apartheid-against-palestinians/), incluindo três crianças. Em abril as forças israelenses mataram pelo menos 22 palestinos, incluindo três crianças. Abu Akleh estava cobrindo um ataque israelense no campo de refugiados de Jenin, onde as unidades do exército disseram que estavam caçando os atacantes palestinos.
O assassinato de Abu Akleh teria sido trado de maneira muito diferente se ela tivesse sido morta por soldados russos na Ucrânia. Não haveria equívocos sobre quem executou o crime. A morte dela teria sido denunciada como um crime de guerra. Ninguém teria aquiescido de deixar os militares russos fazerem a investigação.
O mundo está dividido entre vítimas que importam e vítimas que não importam, aqueles que merecem a nossa compaixão e apoio, e aqueles que não o merecem. Os ucranianos são brancos e na sua maioria cristãos. Nós [os estadunidenses] vemos a luta contra os ocupantes russos como uma batalha pela liberdade e pela democracia.Nós [os EUA] fornecemos US$ 40 bilhões em armas e ajuda humanitária [à Ucrânia]. Nós impomos sanções punitivas sobre Moscou. Nós assumimos a causa ucraniana como nossa.
A luta de 55 anos de duração dos palestinos por liberdade não é menos justa, nem menos merecedora do nosso apoio. Mas os palestinos são ocupados pelo nosso aliado Israel. Eles [os palestinos] não são brancos. A maioria não são cristãos, apesar que Abu Akleh era cristã. Eles não considerados como merecedores. Eles sofrem e morrem sozinhos. Os crimes de guerra executados por Israel permanecem ignorados e impunes. Os palestinos recusam-se obstinadamente a desistir. Isto os torna tão heróicos, e talvez mais heróicos, do que os combatentes ucranianos. Nós [os EUA] estamos do lado errado na história em Israel. O sangue de Abu Akleh está nas nossas mãos.
CHRIS HEDGES ” THE CRHIS HEDGES REPORTER” ( EUA) / BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)
traduzido e adaptado por Rubens Turkienicz para o Brasil 247)
Jornalista vencedor do Pulitzer Prize (maior prêmio do jornalismo nos EUA), foi correspondente estrangeiro do New York Times, trabalhou para o The Dallas Morning News, The Christian Science Monitor e NPR.