Numa decisão insólita, absolutamente contrária à liberdade de expressão, o sr. Raul Araújo, ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral, deferiu o pedido dos bolsonaristas e proibiu que artistas, em suas exibições privadas, manifestem suas preferências política,s como fez ontem a cantora Pabllo Vittar, ontem, no Festival Loolapaloosa, em São Paulo.
A cantora, por alguns segundos, carregou uma toalha com o retrato de Lula, depois de ter gritado, como outros “Fora Bolsonaro”.
Araújo é o mesmo ministro que, em duas ocasiões, quando se impetraram ações contra outdoors de apoio a Jair Bolsonaro e com xingamentos a Lula, recusou os pedidos.
Quer dizer: outdoor pago, pode; toalha espontânea, não pode sob pena de multa de R$ 50 mil.
“Os artistas e cantores referidos que se apresentaram no evento musical em testilha, além de destilar comentários elogiosos ao possível candidato, pediram expressamente que a plateia presente exercesse o sufrágio em seu nome, vocalizando palavras de apoio e empunhando bandeira e adereço em referência ao pré-candidato de sua preferência”, diz o ministro no documento”, segundo a CNN.
Ora, “palavras de apoio” e “empunhar adereço’ não podem ser considerados “um showmício”, é evidente.
Nem é preciso dizer que, caso não seja revertida, vai ser afrontada por todos os que prezam a liberdade de manifestação.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)