Enquanto Matheus Leão, na Veja, faz denúncias contra lawfare, a Folha insiste em permanecer como assessora do MP e atacar Alckmin sem questionar absolutamente nada
É curiosa a nova linha da Veja.
De um lado, o trabalho meritório de Matheus Leitão, denunciando o lawfare em geral e, em especial, da Lava Jato. Pouco importa se cavalgou, antes, a onda da Lava Jato e cavalga, agora, a onda anti-Lava Jato. O que importa é que viu Jesus!
Em outro momento de puro jornalismo, o repórter Leonardo Lellis reescreve a história do inquérito do Ministério Público Estadual de São Paulo, tentando enredar o ex-governador Geraldo Alckmin – e publicado pela Folha sem nenhum questionamento. A matéria da Veja, Promotor de delação contra Alckmin já pediu a prisão de Lula
Diz ele:
- Um dos responsáveis pelo acordo de delação premiada que atinge o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje cotado para ser vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, o promotor José Carlos Blat tem um histórico de disputas com o petista e seus correligionários.
- Blat foi um dos promotores estaduais que, em 2016, pediu a prisão preventiva de Lula em uma denúncia sobre o tríplex do Guarujá quando o caso já era investigado pela Lava-Jato em Curitiba — ou seja, pela Justiça Federal.
- O relato consta de um acordo feito pelo ex-presidente da Ecovias, Marcelino Rafart de Seras, e que foi homologado pelo Ministério Público estadual. Trechos da delação foram divulgados pelo jornal Folha (…) No ano passado, um acordo também alinhavado por Blat e Marques com a concessionária foi anulado pelo Conselho Superior do Ministério Público, que apontou ilegalidade no acerto.
A reportagem da Folha sequer citava o nome dos autores da denúncia. Porque, certamente, desmoralizaria a denúncia no nascedouro.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)