Ainda não se sabe ao certo – eu, pelo menos, ainda não cheguei a nenhuma conclusão – quais os resultados concretos da visita de Jair Messias à Rússia. Bem, ele conseguiu a tal foto ao lado de Putin, para dizer aos seus seguidores mais fanáticos que tem trânsito livre e é respeitado no cenário internacional. Os do chiqueirinho da Alvorada vão adorar, aplaudir e agradecer aos céus.
Um dado, porém, me impactou e confirmou que, como todo falastrão metido a macho muito macho, quando é enfrentado Jair Messias fica mansinho, mansinho. Num instante o galo de briga vira galinha choca.
Aqui, ele odeia o comunismo, causador de todos os males da espécie humana. Em Moscou, homenageou os heróis comunistas da antiga União Soviética. Aqui, perambula sem máscara, convoca aglomerações, expele aberrações sobre a pandemia, critica a vacina, defende medicamentos que além de não terem o menor efeito contra a Covid podem causar graves danos colaterais, trata de destroçar medidas de isolamento.
Em Moscou ele só apareceu de máscara, aceitou fazer cinco – cinco! – testes para detectar covid, não chiou quando foi praticamente confinado (houve um único passeiozinho, e mesmo assim debaixo da mais estrita vigilância de forças de segurança comunistas), quer dizer, deixou de lado a valentia e renovou sua verdadeira personalidade: enfrentado, recua.
A tempo: dois outros visitantes recentes, e esses sim, ilustres – o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz – se recusaram a fazer o teste pelos soviéticos. Por isso, foram mantidos a prudente distância de Putin.
O motivo da recusa: não queriam deixar o seu DNA com os russos. De novo o galo brasileiro de briga piou fino.
Enquanto o mais desequilibrado de seus filhos, Carluxo, aquele vereador municipal do Rio de Janeiro que mora em Brasília, inventa mentiras absurdas que espalha nas redes sociais, Jair Messias faz ares de songa monga.
Quando a campanha eleitoral oficial e legal começar (a dele, ilegal, começou em seu primeiro dia como presidente), como é que Jair Messias irá se comportar quando for enfrentado nos debates?
Minha aposta é que vai mostrar, mais do que nunca, seu lado de galo de briga. E que será mais triturado que frango a passarinho.
De novo, ao ver essa atitude de Jair Messias, recordei uma velha canção do mestre Ataulfo Alves, com letra de Mário Lago, e que começa assim: “Covarde sei que me podem chamar”.
ERIC NEPUMOCENO ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)