AS VIÚVAS DE HITLER E NOVAS GALINHAS DO INTEGRALISMO

CHARGE DE AROEIRA

Monark e Kataguiri são viúvas de Hitler e novas galinhas do integralismo

No campo criminal, a chamada Lei do Racismo (lei 7716/89) deverá ser usada, pelo Ministério Público, para enquadramento inicial do youtuber Monark e do deputado estadual Kim Kataguiri.

Ambos pisaram na bola ao pisotear a nossa democrática Constituição. Tentaram “passar o pano no nazismo”.

É bom dizer logo, — como explicam Bobbio, Matteucci e Pasquino no consagrado Dicionário de Política (editora Fundação Universidade de Brasília) —, ser o termo nazismo o diminutivo do Nacional Socialismo. Um regime racista, genocida, antidemocrático e difusor do ódio.

Tal regime ditatorial o mundo conheceu em 1933, – quando Hitler chegou ao poder na Alemanha-, e só se livrou dele em maio de 1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial.

Um regime que sustentou a superioridade da raça alemã, germânica. Sob alegação de carecer de espaço vital, invadiu e se apossou da Dinamarca, Noruega, Polônia, França, Bélgica, Luxemburgo, Grécia e Iuguslávia. Como bode expiatório, o nazismo hitlerista elegeu o povo hebreu-judeu, com o exterminiou de 6 milhoes deles na Europa.

O discuro da superioridade da raça virou justificativa para a eliminaçõ de judeus, negros, homossexuais e testemunhas de Jeová.

Num resumo do resumo, representou o nazismo a maior tragédia da humanidade.

Com efeito. Quando Monark e Kataguiri pregam a volta do nazismo hitlerista, legalizado em partido político, levantam as bandeiras da liberdade de associação e de expressão.

No mundo civilizado, as pessoas têm liberdade de associação. E o pai da democracia, —-Rousseau—, desenvolveu a teoria do Contrato Social, ou seja, o acordo entre pessoas que resultou no que chamamos hoje de estados nacionais.

A liberdade de associação é garantida pela nossa Constituição. E dessa liberdade de associação, — e de expressão—, é que nasceram os partidos políticos.

Só que tem um particular.

Essa garantia constitucional é limitada. Diz a Constituição: “é plena a liberdade de associação para fins lícitos”.

Como se percebe, existe liberdade de associação quando se tem por meta um fim lícito, não proibido. Em outras palavras, para fins ilícitos, criminosos, não existe essa liberdade.

Tem mais. É criminosa a criação de um partido político dedicado a fazer o proselitismo, a apologética, a catequese do nazismo.

Se por burla vier a ser constituído no Brasil um partido nazista—, será ele, segundo a lei, cancelado por incompatibilidades à ordem democrática e ao respeito aos direitos humanos.

No Brasil, como em todos os estados civilizados, —democráticos—, existe uma lei, — de 1989—, que criminaliza aquele que prática, induz ou incita o ódio …, pela dissimação de preconceitos de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Essa mesma lei de 1989, — e que leva o número 7.716—, proíbe a divulgação do nazismo, a sua apologia e o uso de simbologia.

Outro ponto: o racismo é crime hediondo.

O nazismo, e volto ao supracitado Dicionário de Política, começa a ser estruturado quando Hitler atacou o Tratado de paz de Versalhes, que colocou fim à Primeira Guerra. Pelo Tratado, a perdodora Alemanha sofreu sanções.

Os outros passos de Hitler, para alacancar o nazismo, foram o antisemitismo e a expansão territorial já referida.

O antisemitismo resultou, dentre vários outros atos racistas, na constituição de campos de concentração, trabalhos forçados e extermínios.

Bobbio ensinou estar o antidemocrático nazismo associado ao hitlerismo, assim como fascismo ao mussolinismo.

Monark e Kataguiri fizeram a alegria de neonazistas e de neofacista.

Num pano rápido, são as viúvas do hitlerismo. Na versão tupiniquim, as novos galinhas verdes do integralismo de Plínio Salgado. Não houve a batalha da praça da Sé, mas Monark e Kataguiri saíram assados.

WÁLTER MAIEROVITH ” SITE DO UOL” ( BRASIL)

https://outline.com/ypjeqw

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