Chama a atenção as exportações de energia elétrica – 15% do total – em vez de utilizar a produção para garantir os reservatórios de água. Não fosse uma chuva salvadora das últimas semanas, o país poderia ter caído em um racionamento
Uma análise das maiores altas e quedas nas exportações – em relação a novembro de 2020 e novembro de 2919 (antes da pandemia) permite as seguintes conclusões:
- Em relação a 2019, as maiores quedas foram em produtos manufaturados – máquinas e equipamentos, celulose, ferro e aço, veículos rodoviários e máquinas e aparelhos especializados.
- As maiores altas foram em commodities – minérios, soja, açúcar, carne e ouro.
- Nos maiores produtos de exportação, minérios e soja respondem por 40% do volume total.
- Chama a atenção as exportações de energia elétrica – 15% do total – em vez de utilizar a produção para garantir os reservatórios de água. Não fosse uma chuva salvadora das últimas semanas, o país poderia ter caído em um racionamento.
- Na composição das exportações, é nítida a perda de ritmo dos manufaturados, que caíram de 65,8% em 2016 para 51,2% do voluma total.
- Mesmo assim, dos 10 maiores produtos da indústria de transformação, apenas um – autoveículos – não depende da exploração de commodities nacionais.
- O saldo do comércio exterior mostra as desvantagens competitivas brasileiras, com um aumento crescente no déficit na indústria de transformação.
- A composição do superávit comercial.
Em 12 meses, o saldo comercial foi de US$ 6,9 bilhões. Apenas a China respondeu por US$ 5,7 bilhões e a Associação das Nações do Sudeste Asiático por outros US$ 3,8 bilhões, comprovando que o comércio agora é em direção à China.
- Fluxo comercial China x Estados Unidos.
Em 2011, o fluxo comercial para os Estados Unidos representava 80% do volume para a China. Atualmente, está abaixo dos 50%.
- EUA x China
A China representa 32,41% das exportações brasileiras, contra 11,06% dos Estados Unidos; e 21,81% das importações, contra 17,4% dos EUA
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)