O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO ESPERA SAÍDA DE RELATOR PARA DISCUTIR CARTÃO CORPORATIVO DE BOLSONARO

CHARGE DE IZANIO

Os ministros do Tribunal de Contas da União se livraram de um constrangimento. Convenceram o colega Raimundo Carreiro a ele próprio pedir adiamento da sessão secreta que estava marcada para esta quarta-feira. Carreiro iria apresentar seu parecer sobre as investigações em torno dos gastos com cartão corporativo do presidente Jair Bolsonaro.

O constrangimento se devia ao fato de Bolsonaro ter indicado o ministro que analisaria seus gastos para comandar a embaixada do Brasil em Portugal. Carreiro foi sabatinado e teve sua indicação aprovada pelo Senado nesta terça-feira, 30.

A auditoria foi feita pela equipe técnica do TCU. Analisou as contas do cartão corporativo no ano de 2019. Jair Bolsonaro e seus familiares gastaram mais de R$ 14,8 milhões.

A sessão desta quarta-feira seria secreta, por sugestão do relator, que também pretendia manter sob sigilo o acórdão com a decisão do tribunal. Ou seja, teríamos uma investigação envolvendo gastos pessoais do presidente relatada por um ministro premiado pelo próprio Bolsonaro como embaixador em Portugal.

O constrangimento entre os ministros do TCU aumentou depois que o deputado Elias Vaz (PSB-GO), integrante da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, havia apresentado ao tribunal um pedido de suspeição do relator. A relatoria deste pedido recaiu sobre o ministro Bruno Dantas. Como o TCU nunca declarou um ministro suspeito, os colegas de Carreiro pediram para ele pedir o adiamento da sessão e evitar mais constrangimentos.

A ideia da presidente do Tribunal, Ana Arraes, é pautar a nova sessão para depois da saída de Carreiro, quando será designado um relator substituto para o processo.

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