Diz-se que Sergio Moro, no próximo dia 10, anunciará sua filiação ao Podemos, para candidatar-se em 2022, à Presidência ou ao Senado, pelo Paraná, caso opte por uma disputa “mais segura” eleitoralmente.
Porque, pelas pesquisas, o quadro que se desenha para ele está muito longe de oferecer qualquer segurança: índices de intenção de voto que variam entre 5% (Ipec, ex-Ibope), 7% (Ipespe) e um máximo de 10% (Genial/Quaest).
Pouco, para quem passou cinco anos na vitrine, como o homem mais bajulado do país.
É óbvio que os moristas, na sua grande maioria, foram bolsonaristas e os que permanecem sendo, em proporção semelhantes, deixaram de ser moristas, ao menos entre os segmentos de classe média.
Portanto, aumentar o número de eleitores de Moro depende, claro, de que ser reduzam em muito os bolsonaristas nestas camadas e que estes não sejam atraídos pelo extenso cardápio de candidatos da tal 3ª Via.
No povão é que não será a semeadura de Moro.
Moro, entretanto, prejudica em muito a candidatura Bolsonaro, dividindo votos conservadores na região Sul do país, onde estão 15% dos eleitores brasileiros e cria, no RS, Santa Catarina e Rio Grande do Sul uma imensa dificuldades para seus aliados, que terão de administrar suas fidelidades a dois candidatos a presidente inimigos entre si.
Moro, para desespero de seus áulico, está atrasado (se é que liga para isso) em articulações políticas e em “botar o nome na rua”.
Se é que vai botá-lo, porque até a megalomania pode ter limites.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)