HADDAD : “OS MILITARES ENTRARAM NUMA FRIA AO APOIAR BOLSONARO”


Fernando Haddad no estúdio do Poder360 nesta 5ª feira

Ex-ministro falou ao Poder360

Não tem objeção à reeleição de Gleisi

Defesa de Lula irá recorrer ao STF, diz

Não fala com Ciro desde as eleições

O candidato à Presidência pelo Partidos dos Trabalhadores em 2018, Fernando Haddad, 56 anos, criticou as desavenças entre o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e o vice-presidente Hamilton Mourão.

“No Twitter, o presidente, os filhos, 1 escondendo senha do outro, uma molecagem com o vice-presidente. Eu acho que os militares entraram numa fria ao avalizar uma pessoa que nem pro Exército serviu”, afirmou Haddad em entrevista ao Poder360 nesta 5ª feira (25.abr.2019).

O ex-prefeito de São Paulo afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não é preparado para o cargo.

“Nós temos que torcer para ele incorporar alguém que tenha estatura mínima e exercer a Presidência da República. Todos os dias os brasileiros rezam com isso. Para que caia a ficha de onde ele está, para que ele se porte com o mínimo de dignidade na condução dos assuntos nacionais”, disse.

Haddad criticou também o fato de Bolsonaro ter vetado uma propaganda do Banco do Brasil. “O presidente da República vetou uma propaganda do Banco do Brasil porque discordou da presença de negros no comercial. Como se o presidente tivesse atribuição de censurar publicidade das empresas”.

‘PRIMINHO TÁ BEM‘
Haddad escreveu essa frase respondendo a tweet de Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, em 11 de abril. Foi uma menção à proximidade entre Carlos e seu primo Leo Índio, que ganhou emprego no Senado.

“Acho 1 terrível equívoco a atitude do filho do presidente que fala em seu nome fazendo as estripulias que faz, que já geraram inclusive problemas internacionais”, falou.

O petista também disse que as ações de Jair e Carlos Bolsonaro justificam o que ele classificou como “deboche”:

“Como que você vai fazer uma manifestação pública sobre episódios como esse sem se indignar? Às vezes eu debocho porque eu acho ridículo ter 1 presidente que faz isso. Às vezes me insurjo com mais indignação, depende do meu estado de espírito, mas eu não deixo de me manifestar”.

PRESIDÊNCIA DO PT
Haddad declarou que não tem objeção caso a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) seja reeleita ao comando do partido.

“A Gleisi tem sido uma liderança de muito valor, passou por 1 momento muito delicado da vida do PT, soube liderar 1 processo de manter o PT coeso em torno da defesa do presidente Lula e do legado dos nossos governos. É 1 quadro muito respeitado pela militância”.

PREFEITURA DE SÃO PAULO
O ex-ministro da Educação negou que sua mulher, Ana Estela Haddad, seja candidata ao comando da cidade em 2020. “Conversei recentemente com ela sobre isso porque ela abriu a discussão (…) Ela ficou lisonjeada com a lembrança do nome dela, mas não tem essa pretensão”.

O ex-prefeito de São Paulo (2012-2016) afirmou que outros são cotados para o cargo, como os deputados federais Paulo Teixeira e Carlos Zarattini; o vice-presidente do PT-SP, Jilmar Tattoo; e o ex-ministro Aloizio Mercadante.

DIÁLOGO COM CIRO GOMES
Questionado se conversou alguma vez com o candidato derrotado do PDT desde o fim da eleição, Haddad disse que não. Diz ter falado apenas com o irmão dele, o senador Cid Gomes (PDT-CE).

“Da minha parte pessoal nunca houve nenhum problema, sempre tive muito apreço pelo Ciro. Às vezes tenho dificuldade de compreender certas manifestações, mas nada que abale a minha confiança”.

QUEM É FERNANDO HADDAD
Professor do departamento de Ciência Política da USP (Universidade de São Paulo), Haddad se licenciou do cargo por 2 anos em maio de 2018. Atualmente dá aulas na área de administração e gestão pública no Insper, faculdade privada de São Paulo especializada em economia, administração e engenharia.

Foi ministro da Educação de 2005 a 2012, durante os governos Lula e Dilma Rousseff. Deixou a função para participar das eleições para a Prefeitura de São Paulo em 2012. Saiu vitorioso e foi prefeito da cidade até 2016. Tentou à reeleição, mas foi derrotado por João Doria (PSDB).

Em 2018, concorreu a presidente da República, substituindo o ex-presidente Lula, declarado inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. Após as eleições, concilia viagens e participações em eventos do PT com as aulas no Insper.

Leia a íntegra da entrevista de Fernando Haddad ao Poder360:

Como tem sido sua atuação dentro do PT após as eleições de 2018?

Olha, teve duas fases até agora. Na 1ª, eu aproveitei o período de férias e fiz 1 giro por alguns países para estabelecer ou manter uma interação com novas lideranças de centro-esquerda que estão surgindo no mundo inteiro. Tem ao redor do Bernie Sanders [pré-candidato à Presidência dos Estados Unidos] uma galera jovem que está surgindo com muita força e ideias novas.

Tem a experiência de Portugal que eu queria conhecer e ouvir de perto. Tive a oportunidade de conversar com o António Costa [Primeiro-Ministro de Portugal] longamente sobre a experiência portuguesa. Ele me falou muito sobre a União Europeia, dos riscos que ele enxerga no horizonte. Estive na Espanha.

Estive no Uruguai, que teve a experiência da Frente-Ampla. A Espanha tem a experiência com o PSOE e com o Podemos. Tudo isso me inspirou a fazer essa rodada de conversas. Como começou o ano letivo, estou com essa agenda mais interna, conversando com a bancada [do PT] e visitando alguns Estados. Visitei o Rio Grande, Santa Catarina e Paraná. Estou em Brasília e estou indo agora em maio para a região Norte visitar o Pará e o Amazonas.

Então, sempre quando eu posso e que minha agenda profissional permite tenho interagido com as lideranças no plano internacional e nacional.

O sr. tem participado das reuniões da executiva do partido, se informando sobre os rumos e as decisões?

De algumas sim.

O sr. falou que precisa conciliar a atividade profissional interna. A vida no PT atrapalha a da universidade, ou vice-versa?

Não. De maneira nenhuma.

Depois de passadas as eleições, o sr. teve ou estabeleceu algum contato os outros candidatos que também são oposição ao Bolsonaro, como a Marina Silva, Ciro Gomes?

Eu até assinei 1 artigo com o Flávio Dino, [Guilherme] Boulos, Ricardo Coutinho e a Sônia Guajajara. Assinamos 1 artigo na Folha de S.Paulo recentemente e temos a pretensão de escrever novos artigos. Até falei hoje especificamente com o Flávio Dino sobre o assunto.

Sei também de movimentação da Câmara em que esses partidos como a Rede e o PDT estão procurando se alinhar na questão da Previdência, sobretudo capitalização, BPC, Previdência rural, uma série de temas sensíveis aos trabalhadores. Esses partidos têm tido uma unidade na ação para evitar o pior. Tem havido conversas com os partidos e da minha parte também.

Desde a eleição, o sr. tem falado com Ciro Gomes ou mantido algum contato?

Com o Ciro, não. Falei com o Cid na última vez que vim a Brasília e devemos falar oportunamente. Da minha parte pessoal nunca houve nenhum problema, sempre tive muito apreço pelo Ciro. Às vezes tenho dificuldade de compreender certas manifestações, mas nada que abale a minha confiança de que ele é 1 grande quadro político e que, passada essa fase, nós vamos estar somando.

O sr. mudou o perfil bem discreto e moderado no geral. Mas de uns meses para cá, tem mudado essa linha no Twitter, especificamente. É o senhor que escreve as mensagens?

Sim, sou eu.

Inclusive aquela, polêmica, com o filho do presidente [Carlos Bolsonaro]?

Sim, sim.

A que se deve essa mudança de postura?

Eu acho esse governo 1 absurdo para o país, acho que é 1 governo que agride o que tem de melhor no Brasil. É 1 governo que estimula a intolerância. Hoje [25.abr.2019] eu tive duas notícias, uma de que presidente da República vetou uma propaganda do Banco do Brasil porque discordou da presença de negros no comercial. Como se o presidente tivesse atribuição de censurar publicidade das empresas que contratam agência de publicidade com o fim específico de aumentar sua clientela.

Felizmente depois de nossos governos nós bancarizamos os negros, que hoje têm renda para ter conta bancária. Hoje ele disse em uma ofensa gratuita que o mundo não pode ser 1 mundo gay [em café com jornalistas], que é 1 mundo de famílias. Ou seja, é 1 homem que saiu das trevas.

Que tipo de conversa é essa de 1 presidente que tem que representar todos os brasileiros, sabendo dos homicídios, agressões, desrespeitos com o qual os brasileiros têm que conviver no dia a dia, ele próprio estimular aquilo que nos envergonha, que é justamente o nível de desrespeito das pessoas em relação às outras?

Como que você vai fazer uma manifestação pública sobre episódios como esse sem se indignar? Às vezes eu debocho porque eu acho ridículo ter 1 presidente que faz isso. Às vezes me insurjo com mais indignação, depende do meu estado de espírito, mas eu não deixo de me manifestar.

Acho 1 absurdo. Acho 1 terrível equívoco a atitude do filho do presidente que fala em seu nome fazendo as estripulias que faz e que já geraram inclusive problemas internacionais, não é só no plano local que estamos assistindo essas barbaridades.

Como avalia as intrigas internas do governo entre a ala militar, representada por Mourão, Santos Cruz, General Heleno, e uma ala mais ideológica ligada a Olavo de Carvalho, incluindo seus filhos Carlos e Eduardo? O sr. acha que o presidente vai conseguir lidar com isso ao longo do governo?

Eu acredito que ele não consiga lidar com nada. Porque ele próprio se reconhece despreparado para o cargo. São palavras dele. Ele não consegue arbitrar, colocar ordem na própria casa. Ou seja, se der certo é obra do acaso, não é por gestão, condução e liderança.

Essa é a preocupação. Um país do tamanho e da importância do Brasil está sendo governado por uma pessoa tão despreparada. Você vê que já tivemos 2 ministros demitidos de uma lista grande. Ainda temos problemas no Meio Ambiente, Itamaraty, Turismo. Para citar alguns casos, já tivemos demissão no MEC [Ministério da Educação], do [Gustavo] Bebianno na Secretaria Geral, e assim vai.

O que está acontecendo no noticiário que tem que ser acompanhado: aumento do desemprego, saldo líquido negativo na geração de empregos, 43.000 postos a menos com carteira assinada no último mês, queda da arrecadação federal, provavelmente 1 primeiro trimestre recessivo.

Ao invés de estarmos trabalhando essas questões seriamente, como aumento do feminicídio, o que nós estamos fazendo? No Twitter, o presidente, os filhos, 1 escondendo senha do outro, uma molecagem com o vice-presidente. Eu acho que os militares entraram numa fria ao avalizar uma pessoa que nem pro Exército serviu. Um tenente que virou capitão e depois expulso do Exército.

Aí a gente chama de capitão reformado 1 tenente que foi expulso do Exército. Você vai avalizar essa figura para a Presidência da República. É muito grave isso. Nós temos que torcer para ele incorporar alguém que tenha estatura mínima e exercer a Presidência da República. Todos os dias os brasileiros rezam por isso. Para que caia a ficha de onde ele está, para que ele se porte com o mínimo de dignidade na condução dos assuntos nacionais.

O vice-presidente tem se reunido com governadores do PT. Acha que, dentro do governo, ele é o canal de diálogo com a oposição?

Eu não saberia te dizer, porque eu não conheço o general Mourão. Ele surgiu do nada, era a 4ª opção. Vamos lembrar que o herdeiro do trono real foi sondado, o Magno Malta foi sondado, a Janaína Paschoal foi sondada para ser vice na chapa e não aceitaram. O Mourão aconteceu e

não havia uma sintonia e diálogo sobre os propósitos de 1 eventual governo.

O que se espera de qualquer governo é a abertura para o diálogo, é não tratar quem pensa diferente como inimigo de Estado. A oposição é 1 direito do país que se pensa democrático. Até para você testar suas convicções precisa ter oposição, para saber se você mesmo está certo. Mas é uma figura que não teve 1 papel destacado na vida nacional em toda sua trajetória, não é uma pessoa destacada.

Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna, foi cotado para o ministério da Educação, seria 1 bom nome?

O Mozart eu indiquei para o Conselho Nacional de Educação, quando eu era ministro, que é 1 lugar de destaque. Ou seja, eu o reconheci como educador a ser ouvido. Porque foi reitor de uma universidade federal, foi secretário de Estado da Educação, tinha serviços prestados ao país.

De maneira que ele é da comunidade de educadores que compreende o sistema educacional brasileiro. Na comparação com os que foram nomeados, inclusive, o atual é da água para o vinho. Você está falando de uma distância cósmica entre essas figuras.

Acha que Abraham Weintraub fará uma gestão melhor que a de Vélez?

Se eles não forem humildes em reconhecer que não sabem nada e ouvir quem sabe para tomar decisão, nós vamos ter o mesmo tipo de problema. Você eleger professora como inimigo público número 1, você querer apontar as armas para a universidade pública, dizer que universidade pública não produz ciência, quem produz é a universidade particular –que demonstra 1 desconhecimento total do que é o Brasil.

O Brasil é 1 grande produtor de conhecimento e a produção de conhecimento se dá na universidade pública e o próprio presidente desconhece essa realidade ou finge desconhecer. Estamos no caminho errado. Se o professor é inimigo e a universidade pública é inimiga, vai ter o quê para trabalhar? Esse pessoal precisa ter humildade para ouvir quem estudou a vida inteira o assunto para tomar as decisões que o país precisa.

O sr. pretende se candidatar à presidência do PT neste ano?

De fato, não. Ajudo com opiniões. Eu falo menos de pessoas e mais do que eu entendo que é a tarefa do PT no próximo período. O perfil da pessoa depende da tarefa a ser cumprida. Penso que o PT tem que se enraizar, re-enraizar, perceber que houve uma mudança de composição na sociedade brasileira. Compreender fenômenos novos de massa, como o neopentecostalismo. Dialogar com o povo pobre, que tem outras perspectivas e muitas vezes se encontra fragmentado –sem uma associação, sem 1 sindicato, sem uma entidade que os represente.

É preciso compreender esse fenômeno novo. Nos blindarmos das fake news, é 1 absurdo o que aconteceu na última eleição. O mundo inteiro está apavorado com o que pode acontecer com a democracia em função do mau uso da tecnologia da informação. O PT tem que se preparar para essa nova etapa e mantendo diálogo sempre muito franco com as forças democráticas do país.

Como avalia a gestão da presidente Gleisi?

A Gleisi tem sido uma liderança de muito valor, passou por 1 momento muito delicado da vida do PT, soube liderar 1 processo de manter o PT coeso em torno da defesa do presidente Lula e do legado dos nossos governos. É 1 quadro muito respeitado pela militância.

Poderia ser reeleita?

Eu não teria objeção.

Como recebeu a notícia que o STJ reduziu a pena de Lula?

Eu sou advogado do Lula. Eu mantenho minha posição desde o início. Eu não considero consistente a condenação, de maneira nenhuma. Entendo que a condenação não conseguiu demonstrar uma atitude do Lula que contrariasse o interesse público para caracterizar a corrupção e nem conseguiu comprovar que ele teve vantagem econômica com isso.

Acredito que ele mereça a revisão de sua sentença. Não é redução de pena, é o reconhecimento de que ele não teve nenhum benefício e muito menos patrocinou pessoalmente qualquer coisa que contrariasse a suas obrigações de chefe do país.

Ele pretende pleitear a prisão domiciliar no final do ano?

A pretensão dele é recorrer ao Supremo Tribunal Federal. O que ele quer é justiça, que se reconheça que ele não tirou proveito nenhum. Não precisava disso, o Lula nunca agiu dessa maneira em 45 anos de vida pública. Ao longo de seus 8 anos na Presidência da República teve uma vida absolutamente discreta. É uma pessoa que jamais pensou em outra coisa que não fosse o interesse do povo trabalhador e da soberania nacional.

Quem cometeu erro lá na Petrobras que vá para cadeia. Agora querer atribuir a ele a responsabilidade, isso não faz sentido. Um diretor de uma estatal pode desviar –e está comprovado que houve desvio de conduta– mas isso não é necessariamente da responsabilidade do presidente da República. Você precisa provar que ele agiu deliberadamente em desacordo com as suas obrigações. Isso não ficou provado.

Ana Estela Haddad pode ser candidata à Prefeitura de São Paulo ano que vem?

Conversei recentemente com ela sobre isso porque ela abriu a discussão. Na verdade, a Estela é uma profissional que tem vida independente da minha, professora livre-docente da USP, prestou serviço no governo federal. No meu mandato na Prefeitura de São Paulo, organizou 1 dos programas mais exitosos de atendimento à primeira infância que se tem notícia. De maneira que é uma figura destacada na área da gestão pública. Ela ficou lisonjeada com a lembrança do nome dela, mas não tem essa pretensão.

Então o senhor acha que o PT deve lançar outro candidato?

Tem vários nomes colocados, já ouvi falar de Paulo Teixeira, Zaratini, Tatto e Mercadante.

Pretende se candidatar em 2022 à Presidência ou ao governo de São Paulo?

Não, estou sempre engajado em 1 projeto coletivo. Eu funciono assim, vim para Brasília em 2003 em 1 DAS 5 [foi assessor especial do então ministro do Planejamento, Guido Mantega]. É 1 cargo de 4º escalão, talvez. Atuei como assessor especial nesse cargo, fui ministro, deixei de ser ministro, fui candidato, ganhei a eleição na prefeitura.

Eu estou disponível para 1 projeto. Para mim, em 2022 vemos as condições, quem é o melhor nome para representar esse projeto. Sempre é assim que penso; e nunca penso no que eu vou estar fazendo, vou estar colaborando com o projeto que eu acredite que seja bom para o país, que signifique resgate de alguns princípios que considero fundamentais para a sociedade: menos desigualdade, mais tolerância, mais respeito entre as pessoas, mais igualdade de oportunidades. Vou estar lutando por isso.

Como avalia a gestão Bruno Covas? Ele tem feito alguns acenos à esquerda como a nomeação de Alê Youssef para a Cultura.

É uma gestão sem marca a Doria-Covas na Prefeitura de São Paulo. Efetivamente o que eu vejo são obras paradas já pelo 3º ano consecutivo. Eu deixei obras de 40% a 80% prontas, não vi nada ser tocado. Não tem investimento. Os canteiros que existem são da minha época, que estão fechados, não há canteiros novos. Não há geração de emprego por parte de Prefeitura.

Modéstia à parte, minha gestão ganhou 10 prêmios internacionais nas mais variadas áreas, e eu não vejo São Paulo destacada na imprensa internacional e nem na imprensa local. Não vejo nem cobertura por parte dos jornais de São Paulo –Folha e Estado [de S. Paulo], por exemplo. Não vejo nem cobertura. Então não saberia nem avaliar, porque, realmente, vejo pouca expressão na gestão. É uma gestão que falhou.

LAURIBERTO BRASIL E DOUGLAS RODRIGUES ” BLOG PODER 360″ ( BRASIL

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *