Testado e reprovado na sua capacidade de propor qualquer política econômica que reduza o tamanho da crise brasileira, Paulo Guedes, lá nos EUA, lança mais uma peça teatral para fugir de suas resonsabilidade.
Agora é a ideia genial de, cara vez que a Petrobras se valorizar, vender ações da empresa para “dar aos pobres” os recursos.
“Aí, toda vez que o combustível subir, você tem ações da Petrobras valendo mais, você vende um pouquinho e deixa as pessoas mais pobres comprarem gás natural. Ai quando os preços do gás e do petróleo subirem, uma parte dessa riqueza que o Brasil tem vai para os mais pobres”, declarou.
A idiotice da ideia pode ser medida assim, mesmo na lógica privada: cada vez que minha empresa se valorizar, eu vendo um pedaço dela e distribuo pela família.
É obvio que se sua empresa for bem, em pouco tempo ela não será mais sua nem de sua família.
E, como ela ia bem, os lucros e dividendos que ela distribuía à família vão minguar, minguar, até que não existam mais.
Passariam a enriquecer, claro, os que comprassem suas ações que, além disso, assumiriam o seu controle e sua administração.
Que, claro, perderiam assim toda a natureza social e passaria, é óbvio, a praticar preços os mais lucrativos possíveis. E, então, tome de vender mais ações.
No delírio guediano, como seria esta “distribuição popular” da venda das ações? Em botijões de gás subsidiado? Em “vale-gasolina”? Na rua, na fila dos desvalidos, que se abasteceriam com um marmitex?
Mas sigamos sua lógica: então porque não taxamos o envio de capitais para os paraísos fiscais, para formar offshores misteriosas para os ricos como Guedes. Assim, cada vez que eles ficassem mais ricos, distribuiriam 20% do valor da empresas para o povão.
Aí, seu Guedes, pode ser até na rua, doando quentinhas.
Se isto é um bom negócio, porque o que o senhor não faz com os seus, mas quer fazer com o dos brasileiros?
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)