ALVO DE INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL, RICARDO SALLES PEDE DEMISSÃO

CHARGE DE MIGUEL PAIVA

Demissão foi publicada no Diário Oficial da União nesta tarde

Entrevista do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente)Sergio Lima/Poder360 22.abr.2021

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pediu demissão nesta 4ª feira (23.jun.2021). Assume o cargo Joaquim Alvaro Pereira Leite. A troca foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) nesta tarde. Depois da publicação oficial de sua saída, Salles deu uma declaração à imprensa no Palácio do Planalto.

Eu vim anunciar que apresentei ao presidente da República [Jair Bolsonaro] e ele já aceitou e foi publicado o meu pedido de exoneração do cargo de ministro de Estado do Meio Ambiente. Cargo esse que muito me honrou o convite e eu desempenhei da melhor forma possível ao longo de dois ano e meio“, declarou Salles.

Eu entendo que o Brasil, ao longo deste ano e no ano que vem, na inserção internacional e também na agenda nacional, precisa ter uma união muito forte de interesses e de anseios e de esforços. E para que isso se faça da maneira mais serena possível, apresentei ao senhor presidente o meu pedido de exoneração, que foi atendido”, disse. “Eu serei substituído pelo secretário Joaquim Álvaro Pereira Leite, que também tem muita experiência e conhece todos esses assuntos”, afirmou.

Salles não respondeu perguntas. O agora ex-ministro citou ações da sua gestão e afirmou que seguiu a orientação do presidente Jair Bolsonaro de  procurar o “equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente“. Ele disse ainda que em seu tempo no ministério buscou o “respeito” ao setor privado, ao agronegócio e ao produtor rural brasileiros e empresários. O ministro é alvo de investigação por favorecer madeireiros.

O novo ministro da pasta, Joaquim Alvaro Pereira Leite, é o atual secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do Ministério do Meio Ambiente.

INVESTIGAÇÃO

No dia 19 de maio, a Polícia Federal deflagrou busca e apreensão em endereços ligados a Salles e ao Ministério. A ação teve como objetivo , segundo a PF, apurar crimes corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando. Os delitos teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

A operação, batizada de Akuanduba, foi deflagrada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Eis a decisão (636 kb).

A decisão judicial ainda determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Salles. A casa do ministro do Meio Ambiente, na região central de São Paulo, o imóvel funcional que ele ocupa em Brasília e um gabinete da pasta no Pará estão entre os endereços visitados pelos agentes da PF. Somente 19 dias depois da operação, Salles entregou o seu celular à PF.

ALICE CRAVO E EMILY BEHNKE ” BLOG PODER 360″ ( BRASIL)


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