Monica Bergamo noticia na Folha a confirmação do que se previra hoje cedo: a votação do pedido de declaração de suspeição do então juiz Sérgio Moro no processo contra o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá, marcada para amanhã, foi adiada.
Como se disse antes, era a tendência natural.
Cármem Lúcia, informa a repórter da Folha, colocara o tema em último lugar numa pauta de 11 itens.
Só isso era a quase garantia de que o caso não seria examinado, pois raramente o Supremo e suas turmas dão conta de pautas longas.
A informação de que Gilmar Mendes teria pedido o adiamento, diante disso, por seu voto ter mais de 40 páginas, apenas confirma que não há clima político – sim, no Supremo brasileiro precisa haver “clima político”! – para votação do caso.
O que há é um imenso medo do que mais está por surgir atropelar uma decisão negativa do STF sobre o fato de Moro ser suspeito no caso, o que levaria à anulação do processo.
E o imenso pavor do tribunal em tomar a decisão legalmente inescapável e ser linchado pela mídia e pelas matilhas bolsonaristas.
Aquela expressão sobre “ainda haver juizes em Berlim” era dos tempos da Prússia.
No nazismo, só tinha juiz bem afinado.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)