Em condições normais, o resultado seria uma acachapante derrota de liberar o armamento da população.
Mas não vivemos em condições normais.
Temos um presidente da República que não perde a chance não só de editar medidas absurdas como a de açular a opinião pública contra o Congresso, porque isso distrai as pessoas de sua própria incapacidade de gerir o país e reverter a crise.
Temos um ministro da Justiça que, acuado por seus procedimentos como juiz na condenação de Lula, não tem nnhuma outra saída senão apoiar-se no apoio das matilhas bolsonarianas.
Temos um Senado que se elegeu na onda selvagem – que já não tem a mesma expressão – de um voto de fúria.
Temos, finalmente, um Supremo Tribunal Federal omisso que, mesmo diante de um flagrante desbordamento do poder presidencial de fazer decretos, silenciou sobre um pedido de liminar e posterga a inevitável decisão de revogar a ilegalidade praticada.
Sim, continua sendo provável que o Senado suspenda o decreto das armas, mas a votação não será folgada e, portanto, é perigosa.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)