Parece que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, percebeu que não podia continuar gaguejando com Paulo Guedes, usando a “blindagem” da Previdência como desculpa e assistindo a ofensiva da extrema direita para se impor nas disputas políticas.
Ao chamar de “covardia sem precedentes” a forma pela qual Joaquim Levy foi defenestrado do BNDES, Maia, na verdade, está reclamando da reação do Ministro da Economia ao acordo que ele e o “Centrão” estão propondo para a reforma previdenciária e as trombetas que tocou para a matilha bolsonarista pressionar deputados a aprovar quase que o texto original.
O quadro começa a ter lógica e a única nota fora do tom são as juras – mais juras do que fatos – de que o presidente da Câmara fará o processo correr para haver chance de aprovação em plenário ainda no primeiro semestre.
Ainda que com todas as declarações de que há pressa, nada me tira a impressão de que o atraso é inevitável e o que se quer é apenas tornar evidente que a posição “ou tudo, ou tudo” do governo é o que fará ele tornar-se realidade.
Ou seja, que a Câmara não está reagindo com o “não brinco mais”.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)