A POBREZA COBRA A CONTA DE BOLSONARO

CHARGE DE NANDO MOTTA

A notícia encontra-se no DataFolha. A queda na aprovação de Bolsonaro
encontra-se na faixa mais pobre de brasileiros, aqueles que tem renda
mensal até 2 salários mínimos.

Ali, a taxa de reprovação do governo subiu de 26% para 41%, empurrando
o índice geral para 40% negativos de hoje em dia, situação que coloca
Bolsonaro e seu governo na posição de alvo do descontentamento
popular, como há muito não se via.

O debate sobre o retorno do auxílio emergencial é urgente e sua
negativa é uma escancarada confissão política — só confirma o
desinteresse de Bolsonaro e Paulo Guedes pela proteção aos mais
pobres.

Do ponto de vista de quem tem comida na mesa, carro na garagem e
escola para os filhos, é sempre fácil dizer que o auxílio emergencial
custa caro. Matematicamente, o preço equivale a 13 anos de Bolsa
Família.

Uma conta alta para quem finge acreditar que o mercado é capaz de
resolver todos os problemas das sociedades humanas — inclusive a
miséria, a desigualdade e a falta de oportunidades, presente em nossa
história desde sempre.

Basta assumir o ponto de vista de quem se encontra do outro lado do
balcão, no entanto, para compreender que o debate é outro.

Estamos diante de um caso vergonhoso de irresponsabilidade por parte
de um governo sem interesse em abrir caminhos para o crescimento
econômico, de modo a incluir aqueles que precisam trabalhar e não
encontram emprego — e não podem ser jogados a rua sem renda nem
perspectiva.

Incapazes de pensar em programa de investimentos publicos, pois
implicariam em retirar uma migalha da fortuna diária que o Teto de
Gastos assegura ao setor financeiro e seus protegidos, Bolsonaro e
Paulo Guedes encaram a questão social como se fosse um ato de
generosidade, uma espécie de esmola. Não. É parte da história de um
país.

A mudança já visível na paisagem social das grandes cidades é, obviamente, uma pequena amostra do que nos aguarda. Também confirma a completa incapacidade de Bolsonaro em atender, justamente, às necessidades dos mais necessitados, o que torna sua saída cada vez mais urgente.

Alguma dúvida?

PAULO MOREIRA LEITE ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)

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