ERNESTO ARAÚJO TAMBÉM FAZ MAL À SAÚDE

CHARGE DE MIGUEL PAIVA

Ontem foi dia de tirar fotos, fazer discursos e levantar as mãos para o céu.

Hoje, é hora de enfrentar a dura realidade.

A vacina “do Brasil” não é “do Brasil”; é “do Brasil e da China”. Não é “do Butantã”, mas “do Butantã e da Sinovac”.

A dura realidade é que tanto o Butantã quanto a Fiocruz (vacina da Oxford) dependem de insumos da China para fazer vacinas.

E o problema é que a encomenda para o Butantã está com 15 dias de atraso, sem explicações e o estoque acaba no fim desse mês.

A Fiocruz não recebeu insumo algum ainda.

Sem insumos chineses a produção para. Como também a vacinação.

O risco não é a China romper os contratos que assinou com o Butantã e com a Fiocruz, deixando de entregar e sim adiar as remessas o que poderá acarretar atraso na produção e paralisação da vacinação.

Agora que assumiu a vacina como sua – “não é de nenhum governador” disse Bolsonaro – o governo tenta estabelecer pontes diplomáticas com a China para garantir as remessas e não sofrer mais um fracasso no combate à pandemia.

Mas a única decisão que poderia melhorar as relações e abrir um canal de diálogo mais produtivo com o governo chinês seria afastar Ernesto Araújo.

Ou Bolsonaro entrega a cabeça do chanceler anti-China ou a China não fará esforço algum em prol da “vacina do Brasil”.

A escolha cabe a Bolsonaro.

ALEX SOLNIK ” BLOG BRASIL 247″ ( BRASIL)

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