DEPOIMENTO DO ATOR JOSÉ LEWGOY DE 1999 PARA O PROJETO MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA ( PRO-TV)
AS HISTÓRIAS INTERNACIONAIS DO ATOR BRASILEIRO JOSÉ LEWGOY NO CINEMA, NO TEATRO E NA TELEVISÃO
Em nome da sobrevivência, gastei meu Shakespeare num monte de filmes ruins.” O bom – às vezes travestido de mau – humor era um dos faróis da inteligência de José Lewgoy, um dos maiores atores brasileiros de qualquer época que, se não tivesse cometido a ignomínia de sair de cena de maneira intempestiva em fevereiro de 2003, estaria comemorando um século de vida no próximo dia 16 de novembro.
O idolatrado William Shakespeare era a maior das influências. Não era a única. A versatilidade de José Lewgoy abarcava ainda Feydeau, Molière e Pirandello. Todos lhe serviram como mestres para que sua base fosse sólida permitindo, aí sim, levar sua versatilidade artística para palcos e telas, ajudando a autores/diretores/produtores tão díspares quanto Glauber Rocha e Gilberto Braga, Anselmo Duarte e Cecil Thiré, Paul Mazursky e Roberto Carlos, Hugo Carvana e Werner Herzog. Mais: poucos atores foram tão amplos e transitaram com tanta liberdade quanto este gaúcho de Veranópolis, filho de pai russo e de mãe norte-americana, que imprimia originalidade e um padrão de qualidade único aos personagens que interpretava.Sua trajetória teve uma dimensão maior no cinema, começando na chanchada e atravessando o cinema novo, a pornochanchada, os filmes de aventura estrelados por Roberto Carlos, as comédias cariocas dos anos 1970 e a retomada do cinema brasileiro no final dos anos 1990, mas Lewgoy ainda atuou em produções estrangeiras, como Fitzcarraldo e Cobra Verde, do diretor alemão Werner Herzog; Luar sobre Parador, de Paul Mazursky, e O Beijo da Mulher Aranha, filmado nos Estados Unidos com direção de Hector Babenco.Às telenovelas, Lewgoy emprestou seu talento desde 1973 quando estreou em Cavalo de aço. A partir de então, participou de mais de 30 produções, sendo a última delas, Esperança, em 2002. Gilberto Braga era um de seus admiradores e, do autor de novelas, Lewgoy recebeu grandes papéis. O primeiro deles foi em Dancin’ Days (1978), em que Lewgoy interpretava Horácio Pratini, o pacato marido da vilã vivida por Joana Fomm. Depois, outro personagem marcante seria Edgar Dumont, o velhinho maluquinho de Louco amor.Ser homenageado pelos autores era uma das especialidades de José Lewgoy. O cineasta Hugo Carvana lhe deu um papel de destaque em Apolônio Brasil – Campeão da Alegria, de 2003, que, infelizmente, o ator – já internado – não pôde ver. Seis dias depois da estreia, Lewgoy sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu. Lewgoy estava com 82 anos e havia apresentado um quadro de infecção respiratória, sendo internado na unidade coronariana. Em 24 horas, a saúde de Lewgoy piorou muito, e ele não resistiu.
Além do humor, outra virtude que caracterizava José Lewgoy era a curiosidade intelectual. Nos dias que antecederam sua morte, o ator se dedicava a aprender japonês. Pretendia ler no original alguns de seus autores prediletos, como Kenzaburo Oe e Yukio Mishima.Em uma longa entrevista concedida ao jornalista Hélio Muniz, do jornal O Globo, em 1990, Lewgoy usava uma imagem de E La Nave Va, de Federico Fellini, seu cineasta preferido, para se comparar ao transatlântico que aparecia em cena: imenso, adora ópera, anda balançando e tem uma tripulação numerosa – os personagens que carrega.Ninguém seria capaz de definição melhor.
Trajetória do ator no cinema
José Lewgoy no filme A dama do Cine Shangai, de Guilherme de Almeida Prado
EMBRAFILME/DIVULGAÇÃO/JCA carreira no cinema começou em 1948, em Quando a noite acaba, e já no ano seguinte, José Lewgoy teria um de seus primeiros sucessos, com o filme Carnaval no fogo. De cara, ele tornou-se um dos maiores símbolos das chanchadas da Atlântida, quase sempre interpretando o vilão que perseguia a dupla Oscarito e Grande Otelo. “O papel de Anjo, em Carnaval no fogo, o aprisionou a um estereótipo: o vilão nº 1 do cinema brasileiro. Até por isso, suas melhores performances foram em papéis mais distantes desse estereótipo: o Conde Verdura, de Carnaval Atlântida, o demagogo populista Felipe Vieira, de Terra em transe, e o Ibraim de Ibraim do subúrbio“, destaca o jornalista Sérgio Augusto, seu amigo por mais de três décadas.A fama do vilão criado por Lewgoy chegaria longe, como atesta esta revelação do jornalista e escritor Eric Nepomuceno, amigo do ator e também do escritor uruguaio: “No final dos anos 1980, Eduardo Galeano foi lançar um livro na Livraria Timbre, no Rio de Janeiro. Por lá, apareceram Sócrates, o jogador, Chico Buarque e, de repente, o Lewgoy. E, para minha surpresa, o Galeano conhecia perfeitamente a trajetória dele no cinema. Lembro a dedicatória feita pelo uruguaio: ‘Para Lewgoy, mi villano favorito, con un abrazo'”.O caminho até então percorrido já havia sido meio longo. Antes de começar a atuar profissionalmente, nos anos 1940, Lewgoy, durante a II Guerra Mundial, trabalhou na Censura Postal. O serviço consistia na seguinte tarefa: como os ingleses se abasteciam de carne pelo porto de Rio Grande era preciso que alguém censurasse a correspondência dos marinheiros, cortando coisas relativas a clima, posição do sol, descrição do local… Lewgoy se encarregava da função para que assim se evitasse que estes textos fossem interceptados por submarinos alemães e que os inimigos tivessem acesso às informações.Ainda no mesmo período da Guerra, Lewgoy cursaria Economia, até chegar à Editora Globo, onde foi colega de Mario Quintana e de Erico Verissimo. Este último, inclusive, seria decisivo na vida e na carreira do então ator do Teatro do Estudante ao indicá-lo para a Embaixada dos Estados Unidos para que fosse agraciado com uma bolsa de estudos em Yale. Lewgoy fez bom proveito da bolsa que ganhou e chegou a ser professor lá. Poderia ter ficado mais tempo e tentado fazer sucesso em Hollywood, mas preferiu voltar ao Brasil.As chanchadas lhe davam fama, reconhecimento, mas pouco lhe ajudavam a pagar as contas – muitas vezes era obrigado a dormir dentro dos bondes. Seus prazeres intelectuais e sociais também eram afetados pelo pouco dinheiro que arrecadava. Além disso, aqueles filmes quase sempre tão ingênuos não lhe pareciam intelectualmente estimulantes.Por estes motivos, ele resolveu largar o cinema brasileiro e, com as economias que havia juntado, ir novamente para o exterior. A escolha agora foi passar uma temporada na França. A ideia era ficar poucos meses em Paris – ficou 10 anos. “Quando eu tinha nove anos, em 1957, morava em Göttingen, na Alemanha, onde meu pai, físico, fazia cursos de especialização. Num mês qualquer daquele ano distante, fomos a Paris e passamos pelo escritório da Panair do Brasil para ler jornais brasileiros. De repente, entrou o Lewgoy e meu pai, me apresentou, dizendo: ‘Este é um grande ator brasileiro’. Ele respondeu: ‘Nada disso, sou apenas funcionário do Instituto Brasileiro do Café'”, lembra Nepomuceno. “Só anos depois ficaríamos amigos e eu poderia relembrar essa história com ele. Toda sexta-feira, almoçávamos juntos no grupo do Tom Jobim na finada churrascaria Plataforma. A turma tinha ainda Hugo Carvana, Antonio Pedro e Miguel Farias.”De volta ao Brasil, no começo dos anos 1960, Lewgoy se aproximou do grupo ligado ao Cinema Novo, em especial de Glauber Rocha, com quem fez Terra em transe, interpretando o populista Felipe Vieira. Ao todo, em suas mais de cinco décadas de carreira, Lewgoy participou de uma centena de filmes (84 brasileiros e 16 estrangeiros). “Ouvi falar a primeira vez sobre José Lewgoy quando eu ainda era criança e assisti Aviso aos navegantes, em 1951, no Cine Monte Castelo, no Rio. Fiquei muito impressionado com sua interpretação de vilão”, lembra Fabiano Canosa, programador de cinema há anos radicado em Nova York. E acrescenta: “Muitos anos depois, quando as comédias da Atlântida perderam o gás, quando ele regressou de uma longa temporada na França, onde atuou em S.O.S. Noronha, ao lado de Jean Marais, tive o prazer de reencontrá-lo no Rio de Janeiro numa das sessões da meia-noite patrocinadas pela Cinemateca do MAM, no Cinema Paissandu, que eu programava. Era sempre um prazer estar com ele”.Quase todos são unânimes em apontar Fitzcarraldo como sendo um marco na carreira do ator. Lewgoy encontrava um papel à altura de seu talento e também um diretor que sabia valorizá-lo e tirar o melhor de sua interpretação. “Sua atuação mais exuberante, além de em Una Rosa Per Tutti, longa italiano filmado no Brasil em que contacenou com Claudia Cardinale, foi em Fitzcarraldo. O rubber baron que ele construiu tinha as mesmas características que Lewgoy encarnava na intimidade: sua maneira de contar histórias e uma deliciosa manifestação de ego que o fazia atuar fora de cena”, diz Canosa.As filmagens de Fitzcarraldo foram tão épicas quanto o tema – a história de um homem que decide transportar uma embarcação gigantesca através da selva amazônica até o Pacífico – e serviram para fazer de Lewgoy um dos grandes amigos de Werner Herzog. O cineasta alemão seria um dos maiores admiradores do ator brasileiro. “Ele tendia ao overacting, mas sabia perfeitamente o tom a dar aos seus personagens”, comenta Sérgio Augusto a respeito do método de interpretação de Lewgoy.”Não posso garantir que ele faria uma carreira tão bem-sucedida se tentasse o mesmo em outras cinematografias: Lewgoy era um profissional de cinema adaptado para o Brasil, um rabino cuja sinagoga era um palácio sem legendas em português. Seus filmes foram filmados aqui e por aqui ficaram”, avalia Canosa. “E quem o conheceu sabe que seu talento era bigger than life. Por isso mesmo, era um ator de inúmeros recursos, cujos olhos expressavam os mistérios dos personagens que ele incorporava como poucos.”O próprio Lewgoy sabia da extensão da sua arte e também sabia brincar com a sua experiência: “Aos que me consideram um ator difícil, recomendo passar uns dois dias com o Klaus Kinski”.
Fascinante personagem Casimiro de Abreu
Em cena do longa Faca de dois gumes, com o também ator gaúcho Paulo José
/EMBRAFILME/DIVULGAÇÃO/JCEm Ibraim do subúrbio, Lewgoy é o filme. Impossível imaginar ator com physique du rôle, non-chalance, cultura e humor capaz de encarnar um personagem ao mesmo tempo tão simplório e tão complexo. No filme, de pouco mais de 30 minutos, Lewgoy sublinhava com sua característica qualidade cada aspecto da personalidade confusa e fascinante do personagem. A obra consagrou Lewgoy ainda mais e deu-lhe vários prêmios, inclusive o Kikito de Melhor Ator no Festival de Gramado de 1976.O título foi lançado em dois episódios, ao lado de outra história, Roy, o Gargalhador Profissional, e é um dos dois únicos trabalhos dirigidos pelo ator Cecil Thiré, filho de Tônia Carrero, grande amiga do ator.Lewgoy interpreta Casimiro de Abreu, um alfaiate suburbano e pobretão, que adorava se apresentar como contraparente do famoso escritor e que era viciado na leitura da coluna de Ibraim Sued, de onde tirava chistes, expressões e cacoetes verbais. Assim, ele segue pelas ruas do bairro de Quintino – às vezes passeando com o pássaro Rubirosa numa gaiola – repetindo bordões consagrados pelo colunista como “ademã”, “de leve”, “cavalo não sobe escada”.
Cartaz do filme O Ibraim do subúrbio, comédia de 1976
EMBRAFILME /DIVULGAÇÃO/JCTudo ia bem até que a filha, interpretada por Lucélia Santos, engravida do namorado (Luiz Fernando Guimarães, em um de seus primeiros papéis). Para evitar o escândalo no seio da tradicional sociedade de Quintino, Casimiro decide que os jovens devem se casar.Embora quase todos sejam contra (a filha, a mulher, o genro, a família do noivo), Casimiro não apenas insiste no tresloucado delírio de ascensão social como garante que a festa deverá ser de arromba, com muitas champanhotas, doces da Confeitaria Colombo e nota na coluna do Ibraim.Mesmo com toda mobilização pessoal, Casimiro fracassa e, no dia do casamento, descobre que a nota não saiu. Apoplético, sai correndo da igreja e é atropelado por um triciclo. Internado no hospital, tem seu grand finale comemorando com um charuto enviado pela secretária de Ibraim. Um final patético e enternecedor.
Faceta de colunista do Pasquim
Lewgoy no centro, de branco, como o emergente político de Terra em transe, de Glauber Rocha
MAPA FILMES/DIVULGAÇÃO/JCAlém da arte de interpretar, Lewgoy também dedicou parte de seu talento ao jornalismo. “Creio que nos vimos algumas vezes na redação do Correio da Manhã. Ele era muito amigo do Moniz Vianna e vivia por lá. Mas fui apresentado a ele pelo Ivan Lessa, na loja Modern Sound, por volta de 1968. Ivan ainda morava em Londres e estava de férias no Rio”, lembra o jornalista Sérgio Augusto. “Lewgoy circulava muito por Ipanema e Leblon, embora seu pouso habitual fosse a Fiorentina, no Leme. Nós dois também éramos habitués do inolvidável Helsingor, restaurante dinamarquês em Ipanema.”Com todo esse trânsito, era natural que Lewgoy se aproximasse do Pasquim. No hebdomadário – como a patota se referia ao jornal -, Lewgoy transitava por vários caminhos. Era ator de muitas das Pasquim-Novelas e assinava a coluna Psst, com pequenos comentários não apenas sobre cinema e teatro, mas também contemplando sua ampla gama de interesses: balé, literatura, novelas, futebol, arquitetura.Exercitava seu talento para o humor. Um exemplo: ensinando os leitores a dobrar uma esquina. Título: Como dobrar uma esquina. Aí vinham três fotos, sem texto, do Lewgoy dobrando uma esquina. Numa edição de 1976, ocupando duas páginas, José Lewgoy se presta a vestir camiseta, uma bermuda folgada e sapatilhas para encarnar um professor em O balé ao alcance de todos e, antes disso, numa coluna de 1975, fez uma cobrança pública à cidade-natal: “Chico Anysio vai virar praça em Fortaleza. Milton Moraes, rua na mesma cidade. Agora, Lima Duarte também será rua em São Paulo. Como é que é, Veranópolis? Sai ou não sai a minha estátua equestre?”.
Aspectos biográficos em documentário
Lewgoy como Conselheiro Felício Cantuária e André Barros como Trajano na novela Força de um desejo
/TV GLOBO/DIVULGAÇÃO/JCSe não recebeu a estátua equestre, José Lewgoy pelo menos foi muito bem homenageado com o documentário Eu, Eu, Eu, Lewgoy, longa-metragem dirigido pelo paulista Claudio Kahns. O título é uma brincadeira com a mania do ator em ser tão autorreferente, além de ser considerado por muitos – em especial os que pouco lhe conheciam – como egocêntrico e de temperamento difícil.Kahns garante que era o contrário. “Ficamos amigos, conversávamos muito e eu sempre dizia que pretendia fazer um filme sobre ele. No princípio, Lewgoy não parecia entusiasmado. Depois acabou se tornando um grande incentivador da ideia e me ajudou muito.” Sérgio Augusto vai na mesma linha, ressaltando a amizade que os uniu: “Toda semana ele aparecia para jantar na minha casa. Lá ele se sentia à vontade e curtia brincar com meu gato Bijou. Às vezes, dava trabalho conviver, pois era egocêntrico paca e mal-humorado. Ele fez do mau humor um charme. Mas foi o único ator que eu conheci capaz de discutir cinema, teatro, literatura, artes plásticas, balé e música de igual para igual com especialistas. E às vezes levando vantagem”.Além destes aspectos públicos, o filme destaca bem a intimidade do ator, como suas idas constantes a Veranópolis pilotando um fusca vermelho e também a relação de Lewgoy com suas raízes, em especial em cima de fatos que são narrados pelos sobrinhos, como Zelio Hocsman e Leo Lewgoy. “Fui ter com ele uma relação mais intensa a partir dos meus 18 anos. Depois, quando me casei, em 1985, nos aproximamos muito e ele passou a frequentar a nossa casa em Porto Alegre”, recorda Leo. “Ele sempre demonstrou preocupação com seus irmãos, mas também sempre teve enorme dificuldade em se comunicar com eles. Provavelmente ainda estavam vivos os traumas que ele trazia da infância do seu relacionamento com meu avô.”Mas o filme cresce mesmo ao mostrar o José Lewgoy amigo dos amigos. Kahns lembra que eles se falavam com frequência, assim como eram frequentes as idas do ator a São Paulo, às vezes apenas para almoçar e passar a tarde, retornando à noite ao Rio de Janeiro. “Ele gostava de comida árabe e escolhia sempre o mesmo restaurante. Também se divertia procurando gravuras japonesas na feira do Masp”, lembra o cineasta.Sobre o valor da amizade nas relações de Lewgoy, Fabiano Canosa traz esse depoimento: “Em Nova York, adquiri por acaso uma linda coleção da Life Magazine. Ao folhear um dos exemplares, encontro um artigo sobre estrangeiros em Harvard, com uma bela foto de Lewgoy, que estudava arte dramática na universidade. Resolvi presenteá-lo com a revista que tinha sua foto que, aparentemente, ele não conhecia, e assim nos tornamos íntimos. A última vez que nos encontramos foi durante o Festival do Rio de Cinema. Ele veio prestigiar Bibi Ferreira numa homenagem que fizemos com a exibição de End of the River. Nos revimos e nos abraçamos com o mesmo carinho que mantivemos por tantas décadas”.Em entrevista concedida a Sérgio Augusto para matéria de capa da extinta revista República, em maio de 2000, Lewgoy deixou escapar que estava escrevendo suas memórias. Sobre o tema não quis adiantar nada ao repórter, apenas que pretendia fazer do livro um apanhado de temas relevantes, evitando coisas gratuitas e casos sem importância. Nos menos de três anos que lhe restaram desde aquela entrevista, Lewgoy nunca chegou a concluir seu projeto. Nem sequer capítulos esparsos chegaram ao conhecimento de seus amigos mais próximos. O grande vilão manteve o mistério até o fim.
MÁRCIO PINHEIRO ” JORNAL DO COMÉRCIO” ( RIO GRANDE DO SUL)
* Márcio Pinheiro é porto-alegrense e jornalista. Trabalhou em diversos veículos da Capital, de São Paulo e do Rio de Janeiro.
” O JUDEU” A INQUISIÇÃO NO BRASIL ( 1996) FILME DE CLÁUDIO HANS COM JOSÉ LEWGOY