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CHARGE DE NANI
Quando a política perde o sentido partidário, descamba para para a intriga ou para a fisiologia.
Da segunda, o que se passa com o Centrão e Bolsonaro, nem sempre fora dos holofotes, é exemplo consumado.
Do primeiro, ilustra-se – ou deslustra-se – com a relação entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia.
Ontem à tardinha, depois que se anunciou que a apresentação da reforma tributária ficava adiada para depois de eleições (e provavelmente mais ainda), Maia provocou, pelo Twitter:
“Por que Paulo Guedes interditou o debate da reforma tributária?”
Hoje, Guedes devolveu, numa transmissão pela internet dizendo que:
Há boatos de que haveria um acordo do presidente da Câmara com a esquerda para não pautar as privatizações. Nós precisamos retomar as privatizações, temos que seguir com as reformas”
Ninguém, na Câmara, quer abrir fogo contra a ampliação do Bolsa-Família, para mitigar os efeitos do fim do auxílio emergencial, nem mesmo da sua prorrogação até o final do ano. Mas dificilmente vai prosperar o uso do Fundeb e dos precatórios para isso, e Guedes já jogou a toalha na fórmula de dar calotes nas dívidas do governo para obter recursos, prestando a obediência devida ao “mercado”.
O projeto econômico do governo é, literalmente, nenhum. Seria a “reforma tributária aprovada até o fim do ano” e “quatro grandes privatizações em 90 dias, como prometeu no início de julho. Da primeira desistiu, diz ele que por enquanto, e da segunda proposta nem conseguiu dizer quais são.
O jogo está ficando claro e o Congresso já percebeu que todas as grandes mudanças legislativas só serão efetivamente tentadas com a saída de Maia da Câmara.
É esta a conta eleitoral que ocupa a cabeça do Governo e a batalha para a qual se prepara, inclusive distribuindo vice-lideranças ao Centrão. Não será a única distribuição, embora o caixa do Governo esteja com a língua de fora.
HARDaí o ataque à suposta “aliança” entre Maia e a esquerda. E de porque o clima vai piorar, com todas as hipocrisias de estilo.
Quando a política perde o sentido partidário, descamba para para a intriga ou para a fisiologia.
Da segunda, o que se passa com o Centrão e Bolsonaro, nem sempre fora dos holofotes, é exemplo consumado.
Do primeiro, ilustra-se – ou deslustra-se – com a relação entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia.
Ontem à tardinha, depois que se anunciou que a apresentação da reforma tributária ficava adiada para depois de eleições (e provavelmente mais ainda), Maia provocou, pelo Twitter:
“Por que Paulo Guedes interditou o debate da reforma tributária?”
Hoje, Guedes devolveu, numa transmissão pela internet dizendo que:
Há boatos de que haveria um acordo do presidente da Câmara com a esquerda para não pautar as privatizações. Nós precisamos retomar as privatizações, temos que seguir com as reformas”
Ninguém, na Câmara, quer abrir fogo contra a ampliação do Bolsa-Família, para mitigar os efeitos do fim do auxílio emergencial, nem mesmo da sua prorrogação até o final do ano. Mas dificilmente vai prosperar o uso do Fundeb e dos precatórios para isso, e Guedes já jogou a toalha na fórmula de dar calotes nas dívidas do governo para obter recursos, prestando a obediência devida ao “mercado”.
O projeto econômico do governo é, literalmente, nenhum. Seria a “reforma tributária aprovada até o fim do ano” e “quatro grandes privatizações em 90 dias, como prometeu no início de julho. Da primeira desistiu, diz ele que por enquanto, e da segunda proposta nem conseguiu dizer quais são.
O jogo está ficando claro e o Congresso já percebeu que todas as grandes mudanças legislativas só serão efetivamente tentadas com a saída de Maia da Câmara.
É esta a conta eleitoral que ocupa a cabeça do Governo e a batalha para a qual se prepara, inclusive distribuindo vice-lideranças ao Centrão. Não será a única distribuição, embora o caixa do Governo esteja com a língua de fora.
Daí o ataque à suposta “aliança” entre Maia e a esquerda. E de porque o clima vai piorar, com todas as hipocrisias de estilo.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)