Hoje, em O Globo, pode-se ler o ‘desmentido” e o “mentido” dos pagamentos feitos por Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro sobre os pagamentos de despesas pessoais do filho do presidente com dinheiro das “rachadinhas” operadas pelo ex-assessor na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Flávio alega que, eventualmente, mandava Queiroz ao banco pagar contas para ele. Ok, mas não aconteceram saques em dinheiro correspondentes em sua conta pessoal. E o “eventualmente” foram centenas de operações.
Como se disse ontem aqui, não será simples jogar toda a conta em cima de Fabrício Queiroz, por mais que ele se disponha a isso, porque o volume e a duração dos depósitos inexplicados são grandes demais para serem tratados como “eventuais”.
A mentira, que sempre parece maravilhosa no início, tem o inconveniente de ir criando, sucessivamente, novas situações sem explicação, inverossímeis.
E não é a única situação a ser explicada, pois há o cheque de R$ 25 mil em favor da mulher de Flávio, o de R$ 24 nil para a mulher de Jair Bolsonaro, o pagamento, por um sargento da PM de um boleto de R$ 16,5 mil, a “hospedagem” de seu advogado, Frederick Wassef, a Queiroz em Atibaia, o misterioso fornecimento de R$ 170 mil para pagar o seu tratamento no Hospital Albert Einstein e muitas outras…
As pernas curtas da mentira têm dificuldade em acompanhar histórias compridas…
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)