O governo brasileiro informou nesta quarta-feira que a embaixada do Brasil em Beirute foi “duramente” atingida pelo impacto das explosões na capital libanesa, na terça-feira. A coluna havia revelado em primeira mão que a sede do escritório de fato havia sido atingida.
Num comunicado à reportagem, o Itamaraty agora detalha a dimensão dos danos, depois que diplomatas realizaram uma inspeção do local.
“Localizada no centro de Beirute, a embaixada brasileira foi duramente atingida pelo impacto da explosão ontem, no porto da cidade, mas não teve danos estruturais”, disse a chancelaria.
“De modo geral, as salas voltadas para o local da explosão foram mais afetadas, com janelas estilhaçadas, desabamento do forro do teto, mobília e computadores seriamente danificados”, explicou.
“Por outro lado, salas e escritórios voltados para a cidade foram poupados. Os sistemas de comunicações, inclusive internet, eletricidade e água, funcionam normalmente. Garagem e veículos oficiais não foram afetados”, indicou.
Brasil mantém centro cultural na cidade
Outra representação brasileira, o Centro Cultural, também foi alvo de sérios danos.
“Localizado no bairro de Achrafieh, próximo do porto, (o local) teve fachada, portas e janelas seriamente afetadas. Já o setor consular, situado em bairro mais distante, não sofreu danos substantivos”, disse.
“Dados atualizados da Embaixada apontaram apenas um brasileiro ferido, a esposa do adido da defesa, que segue hospitalizada, mas passa bem”, esclareceu.
As residências dos diplomatas, porém, foram impactadas. “A maioria dos membros do corpo diplomático, bem como da adidância, reside no bairro de Achrafieh e arredores, seriamente afetados, em razão da proximidade com o porto. Relatos de janelas, mobília e paredes gravemente danificados”, indicou a chancelaria. Ontem a coluna havia revelado que a residência de um diplomata brasileiro foi impactada.
De acordo com o governo, vivem no Líbano cerca de 20.000 brasileiros, principalmente na região conhecida como Vale do Bekka.
“A força de trabalho da embaixada é de 53 pessoas, entre diplomatas, funcionários locais e militares. Na força especial da Marinha, que opera no Libano, a UNIFIL, servem também aproximadamente 200 militares brasileiros”, completou a nota do Itamaraty.
JAMIL CHADE ” SITE DO UOL” ( GENEBRA / BRASIL)