PESQUISA DO ESTADÃO REAFIRMA QUE BOLSONARO CAI, MAS NÃO PERDE O “NÚCLEO DURO”


A pesquisa publicada hoje pelo Estadão, produzida pelo Idea Big Data, reaforma o que muitos dizemos sobre o comportamento de aprovação/desaprovação de Jair Bolsonaro.

Ele vem perdendo apoio – a aprovação total ou parcial cai de 49% em janeiro para 31% em maio -, ganhando rejeição – a reprovação em parte ou total subiu de 21% para 36%.

Porém, depois da natural perda de apoio entusiasmado, logo que o governo se instalou, ele conserva o seu “núcleo duro” de apoio incondicional.

Dele é que vem o contingente que foi à rua domingo passado e que usou como demonstração de força.

Estamos voltando ao quadro tradicional da divisão política do país: um terço à esquerda, um terço à direita e outro terço flutuante.

No processo eleitoral de outubro passado, este equilíbrio se desfez, com a migração do terço flutuante, em grande maioria, para o voto em Bolsonaro, resultado de anos de degradação da política, com a ação da mídia e do Judiciário.

Tanto é assim que a pesquisa indica que o atual presidente perde mais intensamente – embora não só – apoio entre os que foram seus eleitores apenas no segundo turno.

Perde parte da maioria expressiva que obteve nas classes B e C e o que conseguiu entre os brasileiros do Nordeste.

Pesquisa após pesquisa, resultados assim vão influir sobre a grande maioria do Congresso, que é conservadoras, mas nao “bolsonarista-raiz”.

Ser “o candidato do Bolsonaro” já não bastará, numa eleição majoritária, para produzir a eleição de uma camada de truculentos e medíocres como fez ano passado, na escolha de governadores.

Cabe à esquerda, diante disso, entender que precisa se abrir a alianças que não sejam exatamente “sangue puro”.

O terreno dos “nem-nem” está de porteira aberta.

FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)

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