O que comprova que. aquele que tem tanto desprezo pela vida na periferia, a ponto de comandar o maior genocídio contemporâneo, também não tem respeito pelas vidas em jogo com a pandemia.
Não bastasse a eleição de um governador com políticas genocidas e envolvido em suspeitas de corrupção, o Rio de Janeiro entra na fase mais decisiva da pandemia praticamente sem comando e com os piores dados do país.
Dentre os estados com maior população, é de longe o pior.
Em relação ao número de óbitos per capita, é o quinto estado do país, acima de estados como Amapá, Roraima e Acre, que estão no centro da pandemia amazônica.
Em relação ao aumento de óbitos nos últimos 30 dias, é o 5o estado, com 233,1%, em cima de uma base ampliada. Explico: quando a base de óbitos é pequena, digamos 10, um saldo para um acumulado de 30 significa 200% de aumento. O problema do Rio é que o aumento se dá em cima de uma base elevada, de segundo estado em número de óbitos.
Tomando o crescimento diário da média móvel semanal, o número de óbitos no Rio está em 47%, em bases mensais. É nesse cenário que o governador WItzel tem para flexibilizar o isolamento. O que comprova que. aquele que tem tanto desprezo pela vida na periferia, a ponto de comandar o maior genocídio contemporâneo, também não tem respeito pelas vidas em jogo com a pandemia. Que sirva de lição para os eleitores cariocas.
LUIS NASSIF ” JORNAL GGN” ( BRASIL)