João Doria, que repetia nauseantemente que “a ciência” dirigia suas decisões sobre as medidas de isolamento social, deveria, a partir de agora, dizer que se refere à ciência econômica e à ciência política.
Tanto que os epidemiologistas
Porque não é a epidemiologia que o faz criar este auê sobre flexibilização das restrições ao funcionamento de serviços e do comércio.
É o caixa arruinado pela queda de arrecadação (estadual e municipais) e o lobby empresarial que exige a reabertura total das atividades econômicas. E o fato de que isso tem o apoio da maior parte da direita – seu terreno eleitoral – que apoia o “open down” de Bolsonaro.
Afinal, se Bolsonaro tem 33% de apoio nacional, mais apoio ainda, é certo, deve ter em São Paulo.
Porque o simples exame dos números de isolamento social, de novos casos de contágio e das mortes consequentes deles diz exatamente o contrário.
O isolamento social, medido pelo site Inloco, é de apenas 41%. O número de casos confirmados e o de óbitos diários segue crescendo e ontem São Paulo teve um de cada 20 novos contaminados do mundo.
Muitos especialistas estão se esgoelando, entrevista após entrevistas, para apontar os perigos a que isso submete a população, justo no momento em que batem-se recordes sobre recordes e infecção e perda de vidas.
Inutilmente, porem. O que nos governa não é a vida, mas o dinheiro e, como disse hoje o sanitarista e professor Sérgio Zanetta à Globonews (vídeo aqui), a ganância.
FERNANDO BRITO ” BLOG TIJOLAÇO” ( BRASIL)