Atitudes criminosas dele e dos filhos dificultam combate à covid-19
Infelizmente, vai morrer mais gente no Brasil por causa do presidente Jair Bolsonaro. A condução que o presidente brasileiro dá ao combate ao coronavírus resultará em mais mortes, porque ele e seus filhos políticos dinamitaram, dinamitam e dinamitarão esforços sérios para minimizar os impactos sobre a saúde dos brasileiros, especialmente os mais pobres. Incapazes e criminosos, deveriam, no mínimo, fechar a boca para que menos pessoas morram.
No momento em que as regras de distanciamento são reforçadas nos EUA, Bolsonaro cometeu mais um crime contra a saúde ontem ao estimular jovens brasileiros a contrair a covid-19, num raciocínio torto e errado para diminuir a pressão sobre a rede hospitalar meses adiante.
A sandice foi dita em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes. No mesmo dia, o Distrito de Colúmbia, onde fica Washington, apertou o isolamento social, que passou a ser mandatório com algumas exceções para atividades essenciais, comprar comida e remédios, e para exercícios físicos obedecendo as regras de distanciamento. Quem não cumprir as regras pode receber multa de até 5 mil dólares e ficar preso até 90 dias.
Na entrevista, Bolsonaro estimulou os jovens brasileiros a se exporem ao vírus. Irresponsável e ignorante, o presidente da República contraria a orientação dos cientistas. Jovens devem se proteger para evitar a doença, capaz de matar e deixar sequelas graves, e para não serem vetores de transmissão para outras faixas etárias.
Bolsonaro deu o mau conselho e disse que era questão de fazer conta, o que ele já mostrou que não sabe fazer. Genocida, não se emenda.
Ontem publicou uma fake news pela manhã e deu o conselho criminoso aos jovens de tarde. De manhã, a rádio CBN mostrou que a Ceasa de Belo Horizonte estava com movimento normal e não deserto, como postara um suposto trabalhador do local. O presidente apagou o vídeo mentiroso depois da reportagem da rádio.
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Bola nas costas
Enquanto Bolsonaro desinformava na TV contrariando novamente uma recomendação médica, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, dizia em entrevista que não era hora de afrouxar e fraquejar no distanciamento social. Mas fraquejada é a especialidade do presidente brasileiro.
Mandetta, aliás, disse ontem que encomendas feitas à China foram canceladas, apesar de o Ministério da Saúde já estar com o dinheiro garantido para pagar. Ele afirmou que outros países, como os Estados Unidos, se adiantaram na compra de equipamentos.
É inacreditável que o Brasil perca encomendas vitais feitas à nossa maior parceira comercial. Mas Bolsonaro prefere criar pandemônio e o filho deputado federal, Eduardo Bolsonaro, gerar uma crise diplomática com a China. Até Trump já sacou que não se trata de uma gripezinha e mandou seus cargueiros fazerem a xepa.
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