
Reproduzo, aí em baixo. o trecho de uma fala de hoje do ministro Paulo Guedes.
Nela, trai a sua concepção do que significa segurança contra a pandemia do coronavírus.
Os bancos e o sistema financeiro passarem incólumes ou com poucos danos por ela.
Admita-se que, mesmo sendo um dever humanitário, o Ministro da Economia se omita em falar da seriedade da questão sanitária, dos doentes e mortos que teremos aos milhares, por “não ser a sua área”.
Mas o senhr Paulo Guedestem a ver, e muito, com a capacidade do país suprir ou tentar suprir as necessidades do país para enfrentar isso, inclusive e não só na área médica.
Nesta, não se poe esperer para tomar providências “à medida em que as coisas forem acontecendo”.
Não é só de máscaras que a medicina precisa. Nem menos destes trajes parecidos com os de astronautas para o atendimento. Tudo isso é necessário, mas os meios de suporte respiratório, essenciais para os que não apenas testarem positivo, mas apresentarem sintomas, são insuficientes, custam caro e levam tempo até serem obtidos.
Mas o que é que Paulo Guedes vai fazer com as empresas que, ao contrário dos bancos, não estão lotadas de dinheiro e já operavam com demanda baixa?E os trabalhadores das aéreas, dos hotéis, dos bares e restaurantes, do setor da cultura, os informais (40% dostrabalhaores!) que serão atingidos pela crise?
Agora imagine o que a retração da demanda fará com microempresas, prestadores de serviço, gente que não tem reservas, não tem investimentos e poupanças para lançar mão, que está, como se diz no norte, trabalhando a mão para a boca?
Vai contar a eles que o sistema financeiro vai bem ou dar-lhes, como seu chefe, uma banana?
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