Donald Trump exerce a Presidência dos Estados Unidos de forma autoritária e imperial, de modo parecido com o do presidente Jair Bolsonaro no Brasil. Bolsonaro copia Trump.
Nesta semana, o presidente brasileiro cometeu um crime ao se queixar de reportagem da jornalista Patrícia Campos Mello, da “Folha de S.Paulo”. Cometeu, primeiro, um crime contra a honra dela.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, deveria tomar providências, porque é a única autoridade que pode investigar e denunciar o presidente da República por crime comum. Aras não o fará porque fez acordo com Bolsonaro para ganhar a chefia do Ministério Público Federal.
Bolsonaro também incorreu num crime de responsabilidade porque quebrou o decoro. Esse delito já foi cometido por ele inúmeras vezes. Cabe ao Congresso tomar providências. Como um impeachment depende do fator político, não há, por ora, clima para isso.
Por último, Bolsonaro foi mais uma vez cafajeste ao atacar as mulheres. Ele sempre fez isso. Atacou a deputada Maria do Rosário, a jornalista Manuela Borges e outras jornalistas antes de fazer a cafajestada desta semana com Patrícia Campos Mello.
Bolsonaro tem comportamento cafajeste como Trump. São presidentes cafajestes.
A diferença entre EUA e Brasil é que os militares americanos não baixam a cabeça como baixam para Bolsonaro no Brasil. As Forças Armadas endossaram uma aventura que será muito danosa para a instituição. Como instituição, não poderiam ser correia de transmissão de um governo.
Essa história vai acabar mal para os militares, que embarcaram de cabeça numa administração de uma figura autocrata, despreparada e desqualificada como Bolsonaro.
Nos EUA, há também reação de diplomatas, procuradores e juízes ao assalto de Trump às instituições. A imprensa aqui reage faz tempo, diga-se de passagem. Não normaliza a cafajestada e os crimes do presidente.
O resultado da eleição americana será importante para o Brasil e os Estados Unidos.
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