Enquanto deputado visitava a capital baiana na companhia de vereador do DEM, a polícia do Estado fazia operação que matou miliciano ligado ao irmão Flávio Bolsonaro
Jornal GGN – Os políticos podem aproveitar seus momentos de lazer da maneira que bem entenderem, mas existem algumas coincidências que não podem deixar de ser mencionadas.
Neste final de semana, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) esteve visitando Salvador, ciceroneado pelo vereador Alexandre Aleluia (DEM-BA). E neste domingo, foi anunciada a morte do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, durante uma ação da polícia na cidade de Esplanada, no interior da Bahia.
De acordo com o jornal Correio da Bahia, informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP) explicam que Adriano começou a ser monitorado por equipes de inteligência da SSP após a informação de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Ele foi encontrado em um imóvel na zona rural de Esplanada.
Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano era responsável pelo comando do Escritório do Crime, uma das maiores milícias do Rio de Janeiro, e existem suspeitas de que integrantes do Escritório do Crime tenham tido participação na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes.
Ele também foi mencionado na investigação de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro (irmão de Eduardo Bolsonaro) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas ficou de fora da lista dos mais procurados do Brasil, divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Adriano da Nóbrega também foi defendido por Jair Bolsonaro em pronunciamento realizado na Câmara dos Deputados, em 2005, quando havia sido condenado por um homicídio. Durante sua prisão preventiva, Flávio o condecorou com a Medalha Tiradentes, uma honraria concedida e destinada a premiar pessoas que prestaram relevantes serviços à causa pública do Estado do Rio de Janeiro.
TATIANE CORREIA ” JORNAL GGN” ( BRASIL)